Temer muda decreto que libera reserva para mineração
Cinco dias depois de liberar uma área da Amazônia para a mineração, o presidente Michel Temer recuou e revogou o decreto, mas irá publicar um novo texto sobre o tema. As informações são das repórteres Laís Alegretti e Marina Dias, da “Folha”.
Segundo o jornal, o ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) admitiu a possibilidade de um “desmatamento desenfreado” e que ele não participou da edição do primeiro decreto.
O recuo vem após críticas de ambientalistas e celebridades, que iniciaram uma onda de protestos nas redes sociais contra a decisão do governo federal.
A reserva, conhecida como Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), foi criada em 1964, na época da ditadura militar, tem 47 mil quilômetros quadrados, fica entre o Pará e o Amapá, e estaria liberada para a exploração mineral.
Sarney Filho e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) afirmaram que o governo publicará um novo decreto para detalhar as mudanças deixar “nítido” que o governo não vai “afrouxar regras ambientais nem interferir nas unidades de conservação”, disse o titular do Meio Ambiente à “Folha”.
A extinção da Renca, no entanto, será mantida.
Segundo o ministro de Minas e Energia, o novo decreto “reforça” os pontos sobre a preservação.
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