Nepal, um ano depois do terremoto

Vinte e cinco de abril de 2015, o Nepal passava por um forte terremoto (magnitude 7,8) que, seguido por um segundo tremor dias depois, deixou mais de oito mil mortos, abalou a infraestrutura, monumentos e templos, além da principal fonte de renda do país: o turismo.

Templos e tijolos na praça Darbar, em Kathmandu

Após um ano, vestígios do incidente ainda podem ser vistos em algum lugares, incluindo na capital Kathmandu, que teve alguns dos seus mais importantes templos danificados ou completamente destruídos. Tijolos soltos na praça principal da cidade são notados em meio às saudações namastê, que se intercalam com sorrisos da acolhedora população local. Guias turísticos se oferecem para ajudar na visita e, antes mesmo de receberem a resposta, dizem que estão fazendo desconto no preço em razão do reduzido número de turistas.

Vista da praça Darbar, no centro de Kathmandu

A percepção de quem chega é de que ainda não se superou em cem por cento os efeitos da tragédia, mas que, nem por isso, o Nepal perdeu o seu encanto.

Embora alguns pontos turísticos tenham sido abalados, um dos grandes atrativos do país continua intácto: a beleza natural. Em meio a montanhas, vilas, lagos e rios, é fácil esquecer do que aconteceu e se render com brilhos nos olhos aos pés da cordilheira do Himalaia. Trilhas das mais variadas durações e até mesmo expedições ao topo das montanhas continuam acontecendo normalmente.

Estacas de contenção estão sempre presentes nas construções em Kathmandu depois do terremoto

O turismo ganhou outro ponto de vista, voluntários do mundo todo são vistos circulando com camisetas das instituições que estão ajudando a reconstruir o país, mas mais do que isso, a maioria dos visitantes saem de lá com a sensação de que de alguma forma contribuíram, às vezes, só por estarem ali, fazendo o seu papel de turista e gastando no comércio local.

Se a pergunta que habita a mente é: ainda vale a pena visitar o Nepal? A resposta é: sim.

Loja de souvenir em Kathmandu

Os preços são convidativos, as paisagens incríveis, a cultura e arquitetura se destacam em meio aos templos que mostram que a fé do país é maior do que qualquer terremoto.

Ao fundo, observando tudo de longe, a maior montanha do mundo, o Everest. Talvez, ele  esteja ali para nos lembrar da força e beleza desse povo, que entre o duro trabalho e doces sorrisos, fazem do Nepal um dos destinos para levar para sempre na memória.

O que visitar?

Kathmandu: a capital do país, destaque para os templos, monumentos e seu vale.

Patan, Bhaktapur e Boudhanath: com os centros históricos preservados, mesmo depois do terremoto, são ótimas opções para conhecer a arquitetura, cultura e templos.

Pokhara: cidade conhecida pela tranquilidade, esportes de aventura e trekkings
Créditos: OSMAR LUCAS
Pokhara: cidade conhecida pela tranquilidade, esportes de aventura e trekkings

Sayraha/Chitwan: contato com a fauna e flora local.

Lumbini: a cidade de nascimento de Buda.

Everest e Annapurna: estão disponíveis trekkings que vão dos básicos aos de mais alto nível técnico.

Quer ajudar?

Só de visitar o país, você já estará contribuindo, além disso, ONGs oferecem vagas para voluntários  e aceitam doações.

No site worldpackers.com você encontra, também, a possibilidade de trocar suas habilidades por hospedagem gratuita no Nepal.

Por Gilsimara Caresia, jornalista, turismóloga, já visitou mais de 70 países, mas acha pouco. Crê que não se enquadra mais nos padrões sociais e muito menos entre quatro paredes. Recentemente criou o projeto “Tudo sobre viagens” para compartilhar dicas e experiências sobre o mundo.

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Gilsimara Caresia, jornalista e turismóloga, viajou mais de 80 países sozinha, é criadora do projeto GirlsGo. Acredita na viagem como ferramenta de autodescoberta.

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