Exposição ‘Nossa Vida Bantu’

No dia 31 de maio, o Museu de Arte do Rio (MAR) inaugura sua maior exposição do ano! A mostra ‘Nossa Vida Bantu‘ fica em cartaz por um ano, até a mesma data em 2026. Ela reúne 50 obras em homenagem à cultura africana bantu, que influencia profundamente a identidade e o cotidiano dos brasileiros – muitas vezes sem que as pessoas se deem conta.

‘Dengo‘, ‘caçula‘, ‘farofa‘ ‘sinuca‘ e ‘moleque‘ são apenas algumas das palavras da língua portuguesa brasileira de origem bantu!

O termo ‘bantu’, inicialmente utilizado como uma categoria linguística, foi apropriado por diversos povos africanos como uma denominação identitária. 

Trazidos ao Brasil em um contexto de escravização, os povos bantu conseguiram manter sua cultura viva, que se misturou com os saberes indígenas e outras tradições afro-diaspóricas. 

Essas trocas estão enraizadas na cultura brasileira e espalhadas por todo o território!|

A importância do bantu vai além da linguagem. Ele também está presente nas tecnologias – como a  metalurgia e o couro -, nos instrumentos, nas religiões, nos gestos, e em outros elementos do dia a dia.

A exposição, apresentada pelo Instituto Cultural Vale, se foca justamente nesse protagonismo bantu: “Em ‘Nossa Vida Bantu’ há uma missão nossa em dizer que na verdade a África bantu é muito mais apropriada pelo Brasil, em diversos estados do país tudo é muito mais bantu, na nossa compreensão africana, do que necessariamente nagô e iorubá.” explica Marcelo Campos, curador-chefe do museu.

A mostra promete explorar a herança bantu no Brasil por meio de diversos formatos contemporâneos, como vídeos, pinturas, esculturas, textos, instalações e mais. Algumas obras são inéditas!

Elas foram produzidas por mais de 20 artistas nacionais e internacionais – afinal, o bantu também marca presença em outro países, como Angola, Cuba e Uruguai.

Um dos destaques é Márcia Falcão, pintora carioca que utiliza tinta espessa e tons terrosos para retratar a relação entre o corpo e a realidade periférica do Rio de Janeiro, rodeada pela violência contra mulheres negras. 

Ah, e o dia de estreia, 31 de maio, conta com várias atividades gratuitas e incríveis (sujeita à lotação):

• Às 14h, a exposição abre ao público. Apesar de ser sábado, a entrada será gratuita – e aberta até às 20h (as outras exposições fecham às 18h, como de costume). 
• Às 15h, acontece uma fala institucional com os curadores. 
• Em seguida, às 16h, um workshop de dança Kizomba com Zeca Pita.
• Para encerrar, vai rolar a Festa Raízes, das 17h às 20h! Quem toma conta é o DJ Elly Chuva e o DJ Julio Rodrigues

“O público pode esperar o reconhecimento deles mesmos nessa vida bantu, quando a gente diz que é a minha, a sua, a nossa vida bantu, é um brasil bantu”, conclui Marcelo Campos.

Bora saber mais sobre essa parte da nossa vida?

O museu tem entrada gratuita às terças-feiras. Nos demais dias os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) – clique aqui para garantir o seu!