Greve em São Paulo: apenas uma linha do Metrô está totalmente fechada
Governo estadual diz ter reforçado a quantidade de ônibus da EMTU para as linhas metropolitanas para amenizar o impacto
A greve dos trabalhadores do Metrô e da CPTM afeta o transporte sobre os trilhos nesta terça-feira, 28, em São Paulo. Apenas uma linha do Metrô, a 15-Prata, está totalmente fechadas. As demais operam parcialmente.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô nos horários de pico.
A determinação vale para os períodos das 4h às 10h e 16h às 21h na CPTM e 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô.
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Oficiais de Justiça estiveram nos Centros de Controle Operacionais (CCO) do Metrô e da CPTM para verificar o cumprimento da decisão. Mas, de acordo com o governo estadual, até o momento, os percentuais não vêm sendo cumpridos.
No momento, a CPTM e o Metrô funcionam parcialmente e operam da seguinte forma:
Greve no Metrô
• Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa com intervalo de 6 minutos
• Linha 2- Verde: Alto do Ipiranga até Clínicas com intervalo de 6 minutos
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília com intervalo de 5 minutos
• Linha 15- Prata: fechada
As Linha 4-Amarela e 5-Lilás, que são privatizadas, funciona normalmente.
Greve na CPTM
• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de até 8 minutos
• Linha 10- Turquesa: funciona entre as estações Brás e Mauá com intervalo de até 10 minutos
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de até 6 minutos
• Linha 12- Safira: Brás até Calmon Viana com intervalo de até 8 minutos
• Linha 13- Jade: Engenheiro Goulart até Aeroporto de Guarulhos com intervalo de até 30 minutos
Ônibus
Para tentar amenizar o impacto da paralização, houve um reforço na quantidade de ônibus da EMTU para as linhas metropolitanas. Eles funcionam com intensificação da operação e extensão de itinerário em mais de 30 linhas estratégicas.
Além disso, as linhas terão seus pontos finais na capital alterados para que os passageiros sigam até as estações que estão funcionando, ou até a conexão com as linhas da SPTrans.
Greve tem adesão de outras categorias
A greve foi organizada por sindicatos de diversas categorias que representam o funcionalismo do estado de São Paulo. Além de funcionários do Metrô e da CPTM, funcionários da Sabesp e professores estaduais também aderiram a paralisação coletiva.
O protesto é contra a privatização dos serviços essenciais propostas pelo governo estadual.
Os professores do ensino público também questionam os possíveis cortes na área da educação. O governador enviou um projeto que prevê a possibilidade de reduzir os gastos obrigatórios em educação de 30% para 25% no estado.
As categorias propuseram ao governador Tarcísio de Freitas liberar as catracas. De acordo com a direção do sindicato dos metroviários e ferroviárias, essa seria uma forma de garantir o deslocamento da população e também assegurar o protesto dos trabalhadores, mas a proposta foi negada pelo governador.