Para ser inovador é preciso compartilhar ideias, diz estudo
Por Lidi Ferreira, da ProjectHub
Quem foi o autor da teoria da evolução? Quase todo mundo iria imediatamente responder Charles Darwin. Mas um novo estudo da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, na Inglaterra, e de Harvard, nos EUA, pretende complicar um pouco essa resposta. Darwin não foi o único autor da teoria da evolução, sua descoberta era, na verdade, um produto de ideias.
- Pressão arterial de 12 por 8 agora é considerada alta; saiba como deve ser a alimentação para controlar o quadro
- Vacina da mpox é aprovada para adolescentes; veja o que diz a OMS
- Comprovado pela ciência: 7 passos que você precisa dar para ser mais feliz diariamente
- Usar o celular com frequência provoca câncer? Veja o que diz a ciência
Segundo o estudo, ideias inovadoras não são apenas a criação de algum gênio, mas surgem das conexões sociais, como um ”cérebro coletivo”. “Podemos ver esse processo quando duas pessoas têm a mesma ideia, ao mesmo tempo, como Charles Darwin e o cientista Alfred Wallace com a teoria da seleção natural”, explica Michael Muthukrishna, líder da pesquisa. Darwin e Wallace estavam no mesmo ”meio cultural”, ambos lendo os mesmos livros e viajando para lugares similares.
Conselhos práticos
Este caso de Darwin e Wallace, segundo os pesquisadores, traz uma nova e fascinante explicação sobre como nascem as grandes ideias. E eles dão dicas de como proporcionar um ambiente ideal para que elas apareçam.
Se as ideias verdadeiramente inovadoras surgem do coletivo, mais importante do que o trabalho de apenas um indivíduo é a interação e discussão daquela ideia com várias pessoas. ”Para ser um inovador, é melhor ser social do que inteligente”, afirma Muthukrishna. “Se você quer ser mais criativo, a melhor coisa a se fazer é falar com pessoas que discordam de você”, diz.
Cérebro coletivo mais inteligente
Além sociabilidade, o estudo destaca outros fatores que tornam os grupos de pessoas mais criativos, como a “fidelidade de transmissão”, ou a capacidade de lembrar e transmitir ideias com precisão, e, o experimentar, pois quanto mais se testa, maior é a chance do ”cérebro coletivo” chegar a uma ideia melhorada, nova e brilhante. A falhas são frequentes, mas fundamentais.
Via INC