‘Eu não menti’, diz Joana D’Arc após revelação de diploma falso
"A gente se empolga e acaba falando demais", disse a professora
‘Eu não menti’, disse a professora Joana D’Arc Félix de Sousa, após revelação de seu diploma falso de Harvard, pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
Em entrevista a revista “Veja”, a professora, química brasileira, afirmou que não mentiu, mas “pode ser que eu não tenha explicado de uma forma correta. Mas eu não menti em nenhum momento”, justificou Joana D’Arc.
Questionada se as palestras sobre sua trajetoria de superação e vitória, em Harvard, não estão em xeque com a revelação da falsidade do diploma, Joana D’Arc insistiu que teve orientações a distância. “A gente se empolga e acaba falando demais. Mas fica a lição para nos policiarmos. O legado que eu construí, de reduzir a evasão escolar, de transformação social, de tirar crianças do tráfico de drogas e da prostituição, eu acho que não vai ser apagado”, disse.
- Vagas para oficinas culturais gratuitas online em Rio Grande da Serra
- Mãe se revolta após escola dizer que desenho de criança é ‘inapropriado’
- Flip 2022: 13 livros para ficar por dentro da programação
- Tiago Leifert revela ter sofrido assédio moral de professor na faculdade
A professora ganhou visibilidade por contar sua história de superação: a menina pobre, filha de empregada doméstica com operário de curtume, que entrou na faculdade aos 14 anos e concluiu um pós-doutorado em Harvard.
Porém parte dessa história não é bem verdade, segundo revelou uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Ao jornal, Harvard negou ter emitido certificados que comprovem o pós-doutorado. Além disso, no tal diploma, há duas assinaturas, e uma delas é do professor emérito de química em Harvard Richard Hadley Holm.
Ele negou ter assinado o documento apresentado pela professora brasileira e disse ao jornal por e-mail: “o certificado é falso. Essa não é a minha assinatura, eu não era o chefe de departamento naquela época. Eu nunca ouvi falar da professora Sousa”.
Depois da revelação, a “Veja” questionou Joana, se ela teria como provar que passou por Harvard. “Sim, eu fiz orientações a distância, tenho a patente dessa pesquisa feita com essas orientações”, disse a professora que se comprometeu a enviar os registros.
Para ler a entrevista da professora a “Veja”, clique aqui.