Chinelos feitos com cana-de-açúcar reduzem pegada ecológica

Planta usada para produzir o “EVA verde” vem do sul do Brasil

Que tal, além de proporcionar conforto para os seus pés, estender o bem-estar para a sua mente e consumir um produto mais sustentável?

Esta é a proposta da startup criada por um empreendedor neozelandês, que lançou um chinelo feito de cana-de-açúcar: o Sugar Zeffers.

Segundo a empresa, o material principal para a fabricação do calçado é um “EVA verde”.

Por sua origem renovável, ele é bastante diferente do EVA comum, que é originado do petróleo.

Além de sustentáveis, os chinelos feitos de cana-de-açúcar vêm em cores vibrantes
Créditos: Divulgação
Além de sustentáveis, os chinelos feitos de cana-de-açúcar vêm em cores vibrantes

A cana-de-açúcar usada para produzir o “EVA verde” (o nome oficial do material é SweetFoam) da Allbirds vem do sul do Brasil, onde é cultivado com água da chuva, com uso mínimo de fertilizantes.

Enquanto cresce, ela absorve carbono da atmosfera. A cana é processada em instalações movidas a energia renovável. Consequentemente, o material resultante é carbono negativo, explica a empresa.

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O chinelo é feito de “EVA verde”; o EVA comum tem origem no petróleo
Créditos: Divulgação
O chinelo é feito de “EVA verde”; o EVA comum tem origem no petróleo

A cana-de-açúcar é selecionada segundo critérios sociais e ambientais definidos pela organização Proforest.

Já as fazendas são auditadas por terceiros, afirma a Allbirds, em seu site.

Os chinelos custam US$ 35 (cerca de R$ 130). O preço certamente é alto para padrões brasileiros, principalmente por causa do câmbio, mas lá fora esse valor está sendo considerado razoável.

As tiras, feitas de garrafas de plástico recicladas, podem ser trocadas para fazer combinações diferentes. Custam US$ 15 cada (cerca de R$ 55 reais).

Já as embalagens são feitas de 90% de papelão reciclado.

As tiras são feitas de garrafas de plástico recicladas e podem ser trocadas
Créditos: Divulgação
As tiras são feitas de garrafas de plástico recicladas e podem ser trocadas

Segundo a Allbirds, foram dois anos de pesquisa para ter esse material como resultado.

O processo de produção será colocado no formato open-source, ou seja, em código aberto, para que qualquer interessado possa adotá-lo também.

Ou seja, a companhia não se importa se os concorrentes adotarem essa tecnologia. Acima de tudo, ela tem como meta tornar a indústria de calçados mais correta do ponto de vista ambiental.

Com isso, a empresa quer provar que conforto, design e sustentabilidade podem andar juntos.

A Allbirds já é conhecida por seus calçados sustentáveis (como sapatos feitos de polpa de eucalipto).

Entre os mais recentes investidores da companhia está o ator Leonardo DiCaprio, também conhecido por seus esforços para combater as mudanças climáticas.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial