Plástico de restos de frutos do mar compõe vasos e embalagens
Para obter a substância a partir de cascas de lagosta, lagostim, camarão e caranguejo, designers do Reino Unido criaram 5 máquinas diferentes
Gosta de lagosta? E de camarão? Se não os aprecia no prato, certamente vai tê-los em grande conta na substituição das embalagens plásticas tradicionais. Afinal, quatro designers do Reino Unido desenvolveram um plástico de restos de frutos do mar.
Esses empreendedores do Royal College of Art e do Imperial College conseguiram transformar os resíduos em um bioplástico biodegradável e reciclável.
Para tanto, misturaram vinagre a um biopolímero chamado quitina. Trata-se de uma substância fibrosa presente no exoesqueleto dos crustáceos e também nas paredes celulares dos fungos.
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A quitina já é tradicionalmente usada como composto para melhorar a função intestinal ou acelerar a cicatrização, entre outras aplicações. Para isso, precisa ser extraída quimicamente e dar origem à quitosana, sua versão comercial.
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Esse processamento da quitina, porém, encarece o produto final. Assim, os designers resolveram criar seu próprio método de extração, que nomearam como Shellworks.
Ele só foi possível com o desenvolvimento de cinco máquinas diferentes, as quais foram batizadas de Shelly, Sheety, Vaccy, Dippy e Drippy.
Cada uma delas produz tipos diferentes de embalagem, de acordo com o seu funcionamento.
A Shelly, por exemplo, extrai a quitina das conchas. A Sheety, por sua vez, transforma o líquido bioplástico em chapas, enquanto a Dippy molda recipientes tridimensionais.
Graças a esse maquinário, a Shellworks fabrica diversos produtos feitos de plástico de restos de frutos do mar.
Entre eles, embalagens antibacterianas, sacos de grau alimentício – podem entrar em contato com alimentos sem contaminá-los – e vasos de plantas que se transformam em fertilizante.
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