Festival Path Amazonia
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Lideranças indígenas mostram sua potência compartilhando vivências no Path Amazônia

Programação do festival está cheia de oportunidades para entender a fundo as necessidades dos povos originários

A Amazônia é o principal foco na edição deste ano do Festival Path. Maior plataforma de inovação e criatividade do Brasil, o evento discute emergência climática, sustentabilidade e preservação deste bioma tão necessário para conter a crise ambiental que estamos vivendo.

Além de sua importância como reguladora das temperaturas e absorção das emissões de gases provocadores do efeito estufa, a Amazônia é morada. Lar de inúmeras espécies de animais e plantas, a floresta é mantida de pé – apesar do desmatamento intensificado nos últimos anos – pela ação de lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas e de ativistas que entendem sua importância global.


Escritor, ambientalista e conferencista indígena, Kaká Werá compartilha no Path sua visão sobre nosso planeta como morada
Créditos: Alícia Peres | Divulgação
Escritor, ambientalista e conferencista indígena, Kaká Werá compartilha no Path sua visão sobre nosso planeta como morada

A programação do Path Amazônia chega finíssima com boas oportunidades para entender a fundo as necessidades desses povos e pesquisadores que se dedicam a frear a derrubada da floresta.

Em “Como cuidar, regenerar e curar a terra?”, o escritor, ambientalista e conferencista indígena brasileiro Kaká Werá compartilha sua visão sobre nosso planeta como morada. Com origem no povo tapuia, o estudioso destaca diversos aspectos nesse encontro, levando em consideração a importância de reconhecermos nossa origem, nos identificando com o lugar de onde viemos.

Segundo o fundador do Instituto Arapoty, que difunde as tradições indígenas para jovens e ajuda aldeias a trabalhar de forma sustentável, um dos grandes desafios da sociedade atual é justamente ter rompido com suas raízes. Kaká Werá também discute o comportamento humano em explorar exacerbadamente nossos recursos naturais, entre outros pontos relacionados à preservação.

Autor, ativista, professor, conferencista e terapeuta há mais de 25 anos, Kaká Werá é um facilitador de processos de autoconhecimento, autoliderança e desenvolvimento pessoal, utilizando os fundamentos da sabedoria milenar da Tradição Tupi, a qual possui notória experiência e vivência. É autor de diversos livros, dentre eles os mais recentes são: “A Águia e o Colibri” (2019), escrito em parceria com Roberto Crema, e “O Trovão e o Vento”, pela Editora Polar (2016).


Liderança da Marcha das Mulheres Indígenas, Cris Pankararu é uma das participantes da mesa ‘Regeneração a partir do olhar da ancestralidade indígena’
Créditos: Divulgação
Liderança da Marcha das Mulheres Indígenas, Cris Pankararu é uma das participantes da mesa ‘Regeneração a partir do olhar da ancestralidade indígena’

Já a mesa “Regeneração a partir do olhar da ancestralidade indígena” chega com a potência das mulheres e dos saberes da floresta. Cris Pankararu, liderança da Marcha das Mulheres Indígenas; Edina Shanenawa, Mukani Shanenawa e Daiara Tukano falam sobre as sementes que precisam ser plantadas para reflorestar as mentes da humanidade para a cura da Terra.

Com mediação da empreendedora e indigenista Maní Inu, a mesa propõe uma troca de conhecimentos a partir da cosmovisão das mulheres indígenas.

E ainda tem o painel “Retomando a conversa com nosso ecossistema” que é uma conversa sobre a necessidade de costurar nossas sombras sobre o planeta. A mesa é conduzida pela Dra. Sofia Mendonça, médica sanitarista, mestre em antropologia e coordenadora do Projeto Xingu, programa de extensão universitária da Unifesp.

Trabalhando com saúde e povos indígenas desde 1981, Dra. Sofia propõe reflexão sobre os caminhos para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável e como isso depende de ouvirmos mais, pensar junto com os povos indígenas e estratégias de retomar a conversa com os seres visíveis e os invisíveis, que regem as matas e as águas.

Dra. Sofia Mendonça, médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu, em oficina culinária na aldeia Tubatuba, do povo Yudjá
Créditos: Helio Carlos Mello/Projeto Xingu | Divulgação
Dra. Sofia Mendonça, médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu, em oficina culinária na aldeia Tubatuba, do povo Yudjá

Neste ano, o evento tem ingresso solidário, mas o público poderá contribuir com o valor que desejar ou assistir gratuitamente. Para se cadastrar e curtir as mesas e debates do evento é só acessar o site ondemand.festivalpath.com.br.

Inicialmente planejado para ser transmitido de um navio na Amazônia, agora por conta do agravamento da variante delta e por recomendações das autoridades locais o Path será 100% online, impactando milhões de pessoas.  A Catraca Livre é uma das apoiadoras do festival, que conta ainda com patrocínios do grupo Heineken, Mastercard e da Volvo Car Brasil, além de parceiros como TRIP, Vida Simples e YAM.