Artista chinês cria exposição com 14 mil coletes de refugiados em Berlim

O artista dissidente chinês Ai Weiwei pendurou 14 mil coletes salva-vidas, recolhidos na ilha grega de Lesbos, nas colunas da Konzerthaus (Casa de Concertos), em Berlim, onde ocorre o Berlinale (Festival Internacional de Cinema de Berlim).

A instalação levou cerca de um mês para ficar pronta e inclui também um barco de borracha, igual ao usado pelos refugiados

Os coletes salva-vidas tornaram-se o símbolo do êxodo dos refugiados, em sua maioria sírios. A maioria é fabricada na Turquia e não oferece qualquer proteção em caso de naufrágio.

Weiwei tem criado várias instalações para chamar a atenção para o drama dos refugiados, que arriscam a vida ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à ilha grega, um dos principais pontos de entrada na Europa.

Os 14 mil coletes salva-vidas foram recolhidos na ilha grega de Lesbos

A instalação levou cerca de um mês para ficar pronta e inclui também um barco de borracha, igual ao usado pelos refugiados.

Esta não é a primeira vez que Weiwei aborda o drama dos refugiados. No começo do ele recriou a foto que correu mundo do corpo de Alan, uma criança síria de três anos que morreu afogada, numa praia da Turquia em setembro do ano passado.