Biomédica da Unicamp cria método inovador para detectar hanseníase

Uma pesquisa realizada no Laboratório Innovare Biomarcadores da Unicamp (Universidade de Campinas) pela biomédica Estela de Oliveira Lima, com orientada do professor Rodrigo Ramos Catharino, possibilitou o desenvolvimento de método inovador, simples, não invasivo e de baixo custo para o diagnóstico da hanseníase, também conhecida como lepra.

Procedimentos atuais ainda são pouco eficientes, principalmente para as formas mais brandas da doença (Foto: iStock)

O novo tratamento funciona da seguinte forma: uma plaqueta de sílica de um cm2 é sobreposta à pele e levemente pressionada por um minuto, tempo suficiente para que o material adsorva as substâncias presentes na sua superfície; ela é então colocada em um tubo com metanol (álcool) que dissolve as substâncias adsorvidas da pele pela sílica; após isso, com a utilização de uma seringa, o líquido sobrenadante é transferido para um espectrômetro de massas de alta resolução, onde são caracterizadas as moléculas presentes.

Por meio deste procedimento, em cerca de cinco minutos, é possível identificar marcadores lipídicos em pacientes da hanseníase diretamente a partir de “imprint” de pele, usando a espectrometria de massas como estratégia de análise. A descoberta é de extrema importância, pois os métodos atuais para a detecção da doença ainda são pouco eficientes, principalmente para as formas mais brandas da lepra.

Via CMais e com informações do “Jornal da Unicamp”