Cientistas descobre doenças que podem ser detectadas pelo hálito

26/01/2017 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:06

Um grupo de pesquisadores de cinco países afirma que diversas doenças são caracterizadas por diferentes “assinaturas químicas” que podem ser identificadas em amostras do hálito. O estudo liderado pelo professor israelense Hossam Haick, do Technion (Instituto de Tecnologia de Israel) foi publicado no periódico científico “ACS Nano”.

Embora as técnicas de diagnóstico baseadas no hálito já tenham sido demonstradas no passado, até hoje não houve prova científica de que doenças diferentes e não relacionadas possam ser caracterizadas por diferentes assinaturas químicas do hálito.

O estudo, com mais de 1.400 pacientes, incluiu 17 doenças diferentes e não relacionadas
O estudo, com mais de 1.400 pacientes, incluiu 17 doenças diferentes e não relacionadas

Além disso, as tecnologias desenvolvidas até o momento para este tipo de diagnóstico foram limitadas à detecção de um pequeno número de doenças. O estudo, com mais de 1.400 pacientes, incluiu 17 doenças diferentes e não relacionadas, são elas: câncer de pulmão, câncer colorretal, câncer na cabeça e no pescoço, câncer de ovário, câncer de bexiga, câncer de próstata, câncer no rim, câncer no estômago, doença de Crohn, colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável, Parkinson (dois tipos), esclerose múltipla, hipertensão pulmonar, preeclâmpsia e doença renal crônica.

Os pesquisadores testaram a composição química das amostras do hálito usando um método analítico aceito (espectrometria de massa). Foi descoberto que todas as 17 doenças continham os mesmos 13 componentes químicos, embora em composições diferentes.

Através de uma nova tecnologia chamada “nanoarranjo artificialmente inteligente”, desenvolvida pelo professor Hossam Haick, os pesquisadores puderam realizar o diagnóstico e a classificação das doenças de forma rápida e barata, com base no “odor” do hálito dos pacientes e usando inteligência artificial para analisar os dados obtidos pelos sensores. Alguns dos sensores são instalados nas camadas de partículas de nanoescala de ouro enquanto outros possuem uma rede aleatória de nanotubos de carbono revestidos com uma camada orgânica para fins de detecção e identificação.

Segundo Hossam, “trata-se de uma diretriz nova e promissora para o diagnóstico e classificação de doenças, que se caracteriza não só pela precisão considerável, mas também pelo baixo custo, baixo consumo de eletricidade, miniaturização, conforto e pela possibilidade de repetir o teste facilmente”.

Com informações do site AlefNews