Empresário vence limitação e continua prática de esportes radicais

A prática de esportes de aventuras ganha cada vez mais adeptos que buscam nas experiências limites capacidade cada vez maior de superação para aplicar em todos os setores da vida. É o caso do empresário Agnaldo Dias Quintela, 47 anos, que mesmo com limitações no movimento do braço não deixou de praticar a escalada.

Aos 26 anos, Quintela sofreu um acidente de moto que danificou o seu braço esquerdo. Na época ele já era dono de uma agência de turismo e trabalhava com descida de rapel e caverna. “Não foi fácil, fiquei preocupado pois não sabia até onde eu poderia ir com as minhas atividades na agência”, conta Quintela.

Um ano depois, as circunstâncias fizeram dele o guia de um grupo que se aventurava no Pico das Agulhas Negras, localizado no Rio de Janeiro. “Precisávamos pegar um caminho alternativo que só eu conhecia”, conta. Desde então a lista de superações não parou de crescer.

“Depois do acidente eu tive que aprender a fazer tudo novamente. Foi uma sensação incrível perceber que poderia fazer tudo como antes. Eu jogo tênis, vôlei, basquete, nado, mergulho em cachoeiras, ando de bicicleta e até sinuca eu pratico, na sinuca uso uma mão e um pé.”

Quintela também escalou três vezes o Dedo de Deus, pico de 1.692 metros de altitude, localizado na Serra do Mar, no Rio de Janeiro, e ainda subiu duas vezes no Pão de Açúcar.

“Para escalar é preciso esquecer do medo senão ele te limita muito e, principalmente, ter atitude. Não vai poder ficar na dúvida, quando começa a escalar tem que ir até o fim”, conta.

Para o empresário, a escalada dá muita força para fazer as coisas até o limite. “No dia a dia eu procuro fazer as coisas assim também. Até construí um telhado para minha casa nova.”