Moradores fazem praça passar de acúmulo de lixo a ponto de encontro

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27/04/2016 00:00 / Atualizado em 07/05/2020 03:01

Árvores e plantas foram danificadas durante a madrugada[/img]

Andrea faz parte do Coletivo Ocupe & Abrace, que se uniu em 2013 com o propósito de dar vida à praça, de 12 mil m². Segundo ela, antes das intervenções, havia “assalto, violência, sujeira e abandono”.

No começo, eram oito pessoas, vizinhas da praça, dispostas a mudar o local. Recuperaram oito nascentes do Riacho Água Preta, que deságua no Rio Tietê. Fizeram dois lagos. Organizaram festivais. Criaram horta. A diversidade de insetos e animais aumentou.

“Todas as nascentes estavam soterradas ou escondidas. Havia lama, mosca, mosquito, lixo. Parecia que as energias do lugar estavam estagnadas. Quando recuperamos o fluxo das águas, tudo começou a fluir.”

Hoje, são entre dez e 15 moradores do bairro que fazem parte do coletivo. Que ainda zelam pela praça e organizam festivais para os moradores de São Paulo. “É um lugar muito abundante e está sempre em movimento, em constante transformação”, destaca Andrea.

Por isso, na semana passada, quando a praça foi novamente vandalizada, o movimento para reconstruí-la foi rápido. Os peixes que haviam sido mortos e os que foram retirados foram substituídos. As avarias foram consertadas. “A Praça da Nascente é um símbolo de uma cidade possível”, avalia.

Andrea finaliza: “A praça é um mundo. Tudo o que acontece no mundo, de relações humanas, políticas e sociais acontece lá”.

Por QSocial