Projeto quer tornar impressão 3D acessível em livros infantis
Uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas e quem não pode vê-las? Foi pensando nisso que pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, recorreram à impressão 3D para proporcionar narrativas ilustradas a pequenos leitores com deficiência visual.
A história de um coelhinho enfiado debaixo das cobertas que diz boa noite a todos os objetos de seu quarto (“Boa Noite Lua”, de Margaret Wise Brown, com mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo todo) foi a primeira escolha do projeto Tactile Picture Books.
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Depois vieram outros clássicos infantis, como a do garotinho de quatro anos que tem o poder de desenhar seu próprio mundo (“Harold e o Lápis Roxo”, de Crocket Johnson) e a do desejo perpétuo de comida de um inseto até transformar-se numa borboleta (“A Lagarta Faminta”, de Eric Carle).
A ideia de imprimir livros com imagens táteis não é inédita, diz Tom Yeh, professor do departamento de ciência da computação. “O que é novo é fazer a impressão 3D mais acessível e interativa. Nosso objetivo é fazer com que pais, professores e simpatizantes de crianças com deficiência visual aprendam a usar impressoras e softwares 3D para fazer livros personalizados”, conta.
A equipe do professor Yeh trabalha agora na difícil combinação de algoritmos para chegar a uma escala adequada para transformar ilustrações 2D em 3D respeitando a capacidade cognitiva das crianças. Os testes estão sendo feitos em uma pré-escola de crianças com deficiência visual de Denver.
Até lá, Yeh convoca amadores que já possuem impressoras 3D a “doar suas mentes criativas e tempo para fazer algo que beneficie as crianças com deficiência visual”.
Por QSocial