Alumni Comemora 50 Anos e traz mestres da fotografia americana

Em comemoração aos seus 50 anos, a Alumni tem a missão de estreitar o relacionamento entre brasileiros e norte-americanos e divulgar obras expostas em importantes museus dos Estados Unidos e Europa. Para isso, a instituição resolveu trazer ao país quatro dos mais relevantes fotógrafos contemporâneos americanos: Ralph Gibson, Bruce Gilden, Constantine Manos e Stephen Shore, reunidos no “Alumni Image Festival”.

A exposição vai até o dia 7 de junho, de segunda à sexta, das 8h às 21h30. No dia 9, o fotógrafo Bruce Gilden também oferece palestra na Fundação Ema Gordon Klabin.  A presença deve ser confirmada pelo telefone (11) 5644 9701. A entrada é Catraca Livre e a Fundação fica na Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo.

Por Ralph Gibson
Foto de Ralph Gibson, uma das atrações da mostra

Confira abaixo os perfis dos fotógrafos expostos:

Ralph Gibson

Fotógrafo, compositor e guitarrista. Suas fotos geralmente incorporam imagens individuais a fragmentos poéticos, criando uma terceira imagem. Sua visão fria e fragmentada dos objetos mostra influência do surrealismo e da arte pop americana dos anos 70 e 80. Essa concepção rendeu a Gibson o lançamento de mais de 25 livros sobre o tema.

Estudou no São Francisco Art Institute e durante anos foi assistente da famosa fotógrafa norte-americana Dorothea Langue, que ficou conhecida por seus retratos da Grande Depressão americana, de 1929.

Suas fotografias estão expostas em mais de 150 museus pelo mundo e já renderam cinco prêmios, entre eles oMedaille de La Ville d’Arles (1994) e o Lucie Award for Lifetime Achievement (2008). Entre suas publicações, cabe citar Déjà Vu (1973) e Days at Sea (1975).

Bruce Gilden

É um conhecido fotógrafo de rua e atua principalmente em Nova York, desde 1968. Enquanto estudava sociologia na Penn State, Gilden assistiu ao filme Blowup, de Michelangelo Antonioni, e, influenciado por ele, comprou sua primeira câmera. Logo depois, começou a estudar fotografia a noite na escola de Artes Visuais, de Nova York.

Fascinado com a espontaneidade das pessoas normais nas ruas da Big Apple, ele abandonou a sociologia e virou fotógrafo. Normalmente, ele usa flash em suas fotos, alertando as pessoas de sua presença, diferente da maioria dos fotógrafos. Seu maior projeto foi um trabalho que retratava os frequentadores de Coney Island, NY.

Constantine “Costa” Manos

Filho de imigrante grega, nascido na Carolina do Sul, é conhecido por suas diversas imagens de Boston e da Grécia. Seu trabalho já foi publicado nas revistas Esquire, Life e Look.

Começou a fotografar quando ainda estava na escola. Com 19 anos, foi contratado pela Orquestra Sinfônica de Boston. Suas imagens da orquestra resultaram no primeiro trabalho publicado, Portrait of a Symphony.

De 1961-1964 morou na Grécia fotografando paisagens e pessoas. O trabalho resultou no livro Greek Portfolio, publicado em 1972. Com o trabalho ele ganhou os prêmios Arles e Leipzig. Em 1963, Manos entrou para a Magnum Photos, cooperativa internacional de fotógrafos que teve como um dos fundadores o grande fotógrafo, Henri Cartier-Bresson.

Stephen Shore

É conhecido por fotografar imagens banais e cotidianas, além de objetos. Foi pioneiro no uso de cor nas fotografias de arte.
Shore começou sua carreira com 14 anos, quando teve a coragem de mostrar seu trabalho para Edward Steichen, então curador de fotografia do MOMA, Museu de Arte Moderna, de Nova York. Reconhecendo o talento de Shore, Steichen comprou três de suas fotografias.

Com 17 anos, ele conheceu Andy Warhol e começou a frequentar seu estúdio, The Factory, fotografando Warhol e as pessoas à sua volta. Em 1971, com 24 anos de idade, tornou-se a segunda pessoa viva a ter uma exposição solo no Metropolitan Museum of Art.