Exposição de Obras de Arte no Centro Cultural Maria Antonia

Em março, cinco exposições simultâneas dão início ao ciclo de exposições de 2009 do Centro Universitário Maria Antonia.

A exposição da sala principal do Maria Antonia reúne obras de Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Baravelli, Carlos Fajardo, Frederico Nasser e José Resende,  realizadas na década de 1960. Ela apresenta um grupo de obras de Lee, do período em questão, ao lado de uma seleção de obras representativas de Baravelli, Fajardo, Nasser e Resende, realizadas na época em que mantiveram contato estreito com Wesley e de um período imediatamente posterior. As obras procuram evidenciar a amplitude de seu trabalho conjunto e os ecos do diálogo com Wesley no trabalho desses quatro artistas, sem prejuízo de suas poéticas individuais, que começaram a se desenhar mais claramente na mesma época, como mostra o recorte proposto por Rafael Vogt Maia Rosa e João Bandeira, curadores da exposição.

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Wesley Duke Lee
Wesley Duke Lee

Na exposição Quadrante, Marco Gianotti traz uma série de fotografias, que problematizam os parâmetros convencionais de registro pela câmera, em imagens captadas ao longo de muitos anos. A série nunca foi exposta pelo artista, que é reconhecido na arte contemporânea brasileira por seu extenso trabalho em pintura. A mostra traz cerca de 30 impressões digitais que foram montadas de maneira a estabelecer relações estruturais entre as imagens na forma de quadrantes.

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Marco Giannotti
Marco Giannotti

Em Rodopio, Lia Chaia apresenta uma intervenção na arquitetura do Maria Antonia, recobrindo a coluna de sustentação do espaço expositivo com centenas de bambolês empilhados. Desviando-se de seu uso como brinquedo, aqui o bambolê torna-se revestimento para a estrutura arquitetônica e coloca-se como possibilidade de reinvenção dos espaços e de renovação de seus elementos. Também integra a exposição um vídeo no qual o próprio corpo da artista funciona como suporte, numa espécie de jogo, que integra a intervenção na arquitetura do edifício e instaura um diálogo entre o orgânico e as estruturas construtivas.

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Lia Chaia
Lia Chaia

Na exposição Hall, Beatriz Toledo apresenta imagens fotográficas que têm como ponto de partida a representação de espaços de fluxo comum em lugares privados: hall de entrada, sala de espera ou fachadas de casas, por exemplo. A partir do registro desses ambientes, além de sugerir uma reflexão sobre preferências pessoais relativas ao espaço, a artista propõe analogias entre pintura e fotografia, retrabalhando questões de figura e fundo e de paleta cromática.

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Beatriz Toledo
Beatriz Toledo

Helena Martins-Costa mostra 15 fotografias em preto e branco de pares de homens ou de mulheres, integrantes de uma série maior que vem sendo trabalhada desde 2000. As imagens foram refotografadas a partir de álbuns recolhidos pela artista, que datam dos anos de 1910 a 1970. Em todas elas, Helena concentra-se no corpo dos retratados, conferindo à cena um aspecto sólido e propondo um contato com a pose, pensada como atributo artificial. Nesses trabalhos, o corpo parece forçado a ocupar um molde que não lhe pertence, sujeito às convenções de um modelo de comportamento em que a singularidade, a mutabilidade ou a contrariedade estão excluídas.

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Helena Costa
Helena Costa

Visitas monitoradas podem ser agendadas pelo telefone.

Por Redação