O tom passional de Filipe Catto no CCSP

15/03/2011 12:27 / Atualizado em 18/04/2011 11:52

Quando sobe ao palco, o gaúcho Filipe Catto, 23, é o tipo do músico que deixa o “coração sangrando até enlouquecer”. A frase, propositalmente pinçada da música “Saga”, retrata uma das características que o próprio intérprete aponta sobre si: o sentido passional. “No momento em que você se desnuda, você fala com verdade”, afirma. Catto se despe para o público, em apresentação única, no Centro Cultural São Paulo,  dia 25, às 19h, com entrada Catraca Livre. Mostra canções de tango, samba e pitadas de blues.

“Saga” – nome da canção autoral que batiza seu primeiro EP, lançado em 2009 – é o primeiro passo do trabalho individual do artista. Traz no tango a frustração de um eu-lírico. Um homem ou uma mulher que, em linhas gerais, se arrepende de um envolvimento amoroso.

E enquanto “Saga” traz a possibilidade da dúvida sobre o dono (ou a dona) do discurso, Catto apresenta no samba de “Roupa do Corpo” a condição de conhecedor dos universos masculino e feminino. A cena é de uma mulher que abandona a vida conjugal e brinda a decisão com pessoas que conhece no bar – os “amigos do peito e da pinga”. Para o artista, esta obra tem um teor simples e intuitivo. Situação que, segundo ele, mulheres são capazes de enfrentar.

O primeiro passo da carreira de Catto vem, paulatinamente, se consolidando. Mudou-se de Porto Alegre (local em que estudou música e trabalhou com o pai, também músico) para São Paulo há cerca de oito meses. Desde então, consome a arte disponibilizada pelos Sescs da cidade e enxerga que a capital oferece trabalho e profissionalismo.

Transição
Quem for ao CCSP vai encontrar sinais de um segundo passo da carreira do artista. Além das canções de seu EP, ele traz por exemplo “Dia Perfeito”, de Cachorro Grande. “É uma música de cabaré, com momentos de humor, leveza, paixão e deboche”, diz. Sua nova  banda é formada por piano, baixo, bateria e guitarra. Algo que ele considera ser mais rock ‘n’ roll.

Catto ressalta que pretende cantar ainda “Mares de Espanha”, de Ângela Ro Ro e “Nescafé”, de Apanhador Só. “Escolho meu repertório através das letras”, afirma. A promessa é que, até o final deste ano, lance seu primeiro CD. Antes que isso aconteça, ele testa e aprimora suas interpretações em shows pela cidade.

Conheça também a música “Crime Passional”

http://www.youtube.com/watch?v=X-s_GmTNtqw