Assista a entrevista com Paulinho da Viola sobre seus 50 anos de carreira

Em 2014, Paulinho da Viola completa 50 anos de carreira

Paulinho da Viola levou seis anos para admitir que música seria seu sustento. A insegurança era grande porque conviveu sua infância e adolescência com grandes músicos que não viviam disto. Seu pai, por isso mesmo, também não estimulava o compositor a trilhar apenas este caminho.

No entanto, foi dos inúmeros encontros musicais, em que Jacob do Bandolim estava sempre presente, que brota o interesse de Paulinho pela música. Inicialmente, sua principal preferência era o choro instrumental.

Somente após observar as novidades da música, como o rock and roll e a bossa nova, que Paulinho percebeu o seu destino: o samba. Apesar de não ter sido tocado pelo charme de Elvis Presley, Paulinho tem ciência da influência causada em si pelo violão de João Gilberto.

A aceitação de sua carreira como compositor e intérprete é marcada pelo sucesso de “Foi um rio que passou em minha vida”, uma declaração de amor musicada à sua escola de coração – a Portela. A partir desta composição, Paulinho emplacou no mundo do samba de uma vez por todas.

Este ano, o artista completa 50 anos de estrada. Um dos principais letristas da música popular brasileira, Paulinho conta um pouco de sua história ao jornalista Roberto D’Ávila, para Globo News.

Grande fã do samba “Sinal Fechado”, um sucesso gravado em 1969 em um compacto duplo com o principal samba da carreira de Paulinho (“Foi um rio que passou em minha vida”), Roberto pede a Paulinho que conte como compôs está canção.

Originada de uma situação que viveu e de um sonho, a obra poderia articular com a realidade política do momento em que foi escrita. Paulinho, no entanto, afirma que não tem relação com a ditadura militar, é apenas fruto de sua inconsciência.

Confira um trecho da entrevista: