10 dúvidas mais comuns sobre sexo
Entenda por que é fundamental falar sobre o assunto
Estamos no século XXI, mas o sexo ainda é encarado por muitos como uma prática moralmente reprovável para ser discutida abertamente. O tema ainda gera desconforto, incomoda ou, no mínimo, desconcerta – principalmente quando os seus aspectos negativos, que podem complicar a relação sexual, são levantados.
A partir do momento em que a mulher percebe o valor terapêutico do sexo, ela pode enxergá-lo como algo que a liberta de máscaras e repressões sociais, e que deve proporcionar prazer a si mesma. E para a relação sexual ser uma verdadeira terapia, o ideal é que as dúvidas sobre o assunto sejam mínimas e que a mulher procure tratamento especializado, quando necessário.
Veja abaixo algumas das principais dúvidas sobre sexo que mais afligem as mulheres.
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
1- Por que sinto dor ao fazer sexo?
A mulher se prepara, se diverte com as preliminares, mas quando chega no “finalmente” desiste por causa da dor. A dor durante o sexo, ou dispareunia, pode ser de origem orgânica, emocional, ou ambas. Quando é física, localiza-se principalmente nas paredes do canal vaginal.
Mulheres que têm candidíase com frequência possuem a musculatura desta região mais sensível, já que nela existem microlesões. Mas tem a dor que pode ter fundo emocional. Neste caso, bloqueios psicológicos fazem com que a vagina se contraia no momento do sexo, de forma que a penetração provoque muita dor.
Se a mulher que passa por isso consegue se masturbar sem nenhum incômodo físico, por meio de estímulos tanto clitorianos quanto vaginais, é mais uma prova de que a dor no sexo tem origem psicológica, já que a maioria das doenças sexuais atinge também o clitóris e prejudica a masturbação de um modo geral.
2- Por que choro durante o ato sexual ou ao atingir o orgasmo?
Há mulheres que não conseguem controlar o choro enquanto se relacionam sexualmente ou no momento em que chegam ao orgasmo. Isso pode ser desconfortável para o casal, já que o choro geralmente desfaz o clima sensual, mas pode ser ao mesmo tempo um sinal de que há total entrega.
Durante a relação ou quando a mulher atinge o orgasmo, ocorre a liberação de muitos hormônios diante de uma forte excitação. Às vezes a mulher está magoada, guardando uma insatisfação ou até mesmo emocionada pelo momento. Então, no momento do orgasmo, a mulher sente que não poderá mais segurar. Quando estamos entregues, o sexo é terapêutico e acaba trazendo esses momentos de catarse, colocando para fora o que tem dentro de nós.
3- Por que não consigo ter um orgasmo?
A saúde da mente e do corpo influencia bastante na dificuldade em ter orgasmo. Pode ocorrer de o homem ter orgasmo muito antes ou depois da mulher, e isso interfere na satisfação de ambos. É fundamental que o casal saiba controlar isso, através da concentração e autocontrole. Talvez a mulher deva pedir ajuda a um fisioterapeuta ginecológico, que irá tratar através da sensibilização da vagina e do clitóris. Algumas práticas alternativas incluem masturbação ou o uso de um vibrador clitoriano durante o sexo.
Já a anorgasmia é uma disfunção mais grave, que é quando a mulher não atinge um orgasmo na vida, e é também um problema comum entre mulheres de todas as idades. Como é algo natural e precisa ocorrer para que o ciclo do ato sexual se complete, a anorgasmia acaba sendo uma disfunção. Entre as causas estão a falta de consciência da mulher em relação ao canal vaginal, já que é uma área interna e geralmente pouco explorada, e os próprios bloqueios psicológicos da pessoa, que podem fazê-la quase atingir o clímax, mas nunca conseguir de fato.
4- Por que minha libido diminuiu?
A libido baixa é outro problema que atinge tanto mulheres quanto homens e, como uma de suas principais causa é o estresse, pode afetar também jovens que já tenham uma rotina mais intensa, de estudos e trabalho. Há causas vivenciais para a falta de apetite sexual – como as brigas e a falta de admiração ou amor – além das comportamentais e orgânicas – como a falta de exercícios de contração da musculatura vaginal.
Quando a mulher está amamentando e produzindo leite, a prolactina, uma substância liberada no organismo, inibe a ação da dopamina, que está associada ao aumento da libido.
Ejaculação feminina existe? Quais as principais doenças sexualmente transmissíveis? Continue lendo aqui para esclarecer outras dúvidas comuns relacionadas a sexo.
Texto produzido por Roberta Struzani e publicado no Personare.