2 sinais precoces de Parkinson para prestar atenção

Estudo revela quais são os sinais precoces do Parkinson, segundo pesquisa da Queen Mary University of London

04/06/2023 08:30

Um grupo de pesquisadores da Queen Mary University of London descobriu, em um estudo publicado na revista científica JAMA Neurology, que problemas de saúde como perda auditiva e epilepsia podem ser sinais precoces da doença de Parkinson, algo que não era anteriormente associado ao diagnóstico da doença.

2 sinais precoces de Parkinson para prestar atenção
2 sinais precoces de Parkinson para prestar atenção - iSTock

Sinais de Parkinson

A neurologista e doutoranda da Universidade Queen Mary, Cristina Simonet, enfatizou a importância dos profissionais de saúde primária estarem cientes dessas conexões e compreenderem a manifestação precoce dos sintomas de Parkinson. Essa conscientização permitirá um diagnóstico mais rápido para os pacientes e a possibilidade de intervenção médica precoce para controlar a condição.

A análise de históricos de saúde de mais de 1 milhão de pessoas que residiam no leste de Londres entre 1990 e 2018 revelou uma descoberta surpreendente.

Os pesquisadores descobriram que a perda de audição aumentou o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson em 66%. Essa associação pode ser resultado das alterações iniciais nas funções cerebrais causadas pela doença.

Além disso, a epilepsia mostrou-se ainda mais significativa, com os pacientes apresentando 2,5 vezes mais chances de desenvolver a doença de Parkinson ao longo da vida.

A análise dos dados também revelou que os sintomas mais conhecidos do Parkinson, como tremores nas mãos e problemas de memória, podem surgir até dez anos antes do diagnóstico. Essas descobertas destacam a importância de identificar e monitorar esses sinais precoces para um diagnóstico mais eficiente e intervenção médica oportuna.

O que é Parkinson?

O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Os médicos diagnosticam a doença com base na história clínica do paciente e no exame neurológico, mas não há nenhum teste específico para detectá-la.

Embora não haja cura para o Parkinson, é possível e necessário tratá-lo, não apenas para combater os sintomas, mas também para retardar seu progresso.

Globalmente, o Parkinson afeta cerca de 10 milhões de pessoas, com uma média de 200 mil casos no Brasil.