INCA projeta 22 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço em 2022
Tabagismo e o consumo de álcool em excesso são comprovadamente fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, deverão surgir 22 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Esse tipo de neoplasia engloba tumores de boca, laringe, garganta, seios da face e tireoide.
O câncer de cabeça e pescoço é o segundo que mais acomete homens (acima dos 40 anos), atrás apenas do câncer de próstata.
Por ser silencioso, costuma apresentar sinais já quando está em estágio avançado, o que ocorre em 76% dos casos, elevando a taxa de mortalidade.
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Sintomas
Alguns dos principais sintomas desse grupo de tumores são: nódulos na região do pescoço e garganta; rouquidão persistente; dificuldade de deglutição; feridas que não cicatrizam; e manchas na área bucal, que não saem com a escovação de dentes.
“Atualmente, um dos principais desafios para quem trata esse tipo de neoplasia é o diagnóstico precoce. Se detectado no início, o câncer de cabeça e pescoço tem boas chances de cura, mas, seja por questões culturais ou pela falta de sintoma inicial, a maioria dos pacientes acometidos com a doença acabam procurando ajuda quando o quadro já está agravado”, afirma Dr. Eduardo Moraes, médico oncologista e coordenador do Comitê de Tumores de Cabeça e Pescoço da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Fatores de risco e prevenção
Hoje, o tabagismo e o consumo de álcool em excesso são comprovadamente fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. Além disso, estudos apontam que a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e a prática de relações sexuais sem o uso de preservativos também têm ligação com a doença.
A prevenção do câncer de cabeça e pescoço está atrelada a uma mudança de hábitos. “Para evitar esse tipo de neoplasia, antes de mais nada, as pessoas precisam se conscientizar sobre a importância de realizar consultas e exames de rotina com seu médico e dentista de confiança. Esses profissionais saberão identificar sinais de que algo errado possa estar se desenvolvendo no organismo do paciente. Além disso, é importante adotar bons hábitos como a prática de exercícios físicos; manter uma alimentação saudável; deixar de lado o tabagismo e o consumo de álcool em excesso; além de não se esquecer da higiene bucal”, comenta Dr. Eduardo Moraes.