3 histórias de atletas paralímpicos beneficiados pelo uso do CBD
Em todo o mundo, os benefícios proporcionados pela cannabis medicinal coloca em xeque uma série de preconceitos ultrapassados
Em todo o mundo, os benefícios proporcionados pela cannabis medicinal aos seus pacientes está colocado em xeque uma série de antigos preconceitos relacionados ao composto.
Após décadas de estudos, pesquisas, publicações científicas e observações clínicas de sucesso, as pessoas que ainda não abriram a cabeça e procuraram informações responsáveis sobre a questão estão ficando sem argumentos diante de tantos resultados concretos para os pacientes – além de, claro, contribuírem negativamente para que mais pessoas possam contar com essa opção medicinal segura e eficaz.
No Brasil, felizmente está nascendo um novo olhar sobre o tema, que não só dissocia cientificamente o canabidiol (CBD) do consumo de drogas recreativas, mas que também, aos poucos, ganha apoio de especialistas, agentes do governo e, sobretudo, da opinião pública, revelando as surpreendentes propriedades terapêuticas do canabidiol e os importantíssimos reflexos sociais, políticos, culturais e econômicos que a quebra de tabu pode gerar.
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Somente em 2020, o mercado da cannabis medicinal movimentou mais de R$120 bilhões, segundo dados da consultoria norte-americana BSDA e, ainda de acordo com o levantamento, a estimativa é que, com a abertura de novos mercados em todo o mundo, como no Brasil, o faturamento salte para aproximadamente R$ 321,7 bilhões.
Em meio a esse debate sobre o uso do óleo de CBD em todo o mundo e o potencial da sua comercialização em solo brasileiro, o tratamento com a substância ainda esbarra em opiniões negacionistas, que rejeitam evidências cientificamente comprovadas.
No entanto, dia após dia, eles vêm caindo em descrédito frente aos tantos exemplos transformadores na medicina, no esporte (o CBD está liberado nas Paralimpíadas de Tóquio!) e na sociedade, que passa entender a cannabis medicinal como uma verdadeira alternativa transformadora de vidas.
Conheça 3 histórias de pessoas que tiveram suas trajetórias modificadas positivamente pela cannabis medicinal:
Talisson Glock – Atleta da natação paralímpica brasileira
Eu já conhecia sobre CBD há bastante tempo, mas até então não era possível no Brasil e sempre me pareceu algo distante, não via como uma alternativa para mim pelo difícil acesso.
Nos últimos tempos, porém, eu vinha tendo um certo problema de sono e, como estamos em um momento diferente, em que já existe CBD disponível no Brasil, eu acabei conhecendo a Pangaia – empresa que hoje me fornece o óleo de canabidiol – e que oferece todo o suporte para pedir o medicamento.
Na minha experiência, não existiu nenhum efeito colateral e tem me ajudado demais na recuperação entre os treinos, no descanso e na qualidade do sono, o que me faz levar a acreditar que o CBD é uma ótima estratégia para várias áreas do esporte e vários perfis de pessoas: para ansioso, para foco, para recuperação, para lesões.
Neste sentido é um composto completo e acredito que cada dia mais vai estar presente na vida dos atletas e o próprio fato da WADA liberar o uso do CBD já evidencia que querem quebrar o tabu, até porque não dá para não olhar para os seus benefícios.
E cada vez que nós atletas de alto rendimento colocamos nossos corpos no limite com o CBD como parceiro e conseguimos resultados, isso é muito forte para quebrar barreiras, nossa melhora e disposição para falar sobre o assunto pode ajudar a mudar o cenário e fazer com que as pessoas vejam a questão de maneira diferente. É preciso que elas abram a cabeça!
Roberto Alcalde – Atleta da natação paralímpica brasileira
Primeira vez que ouvi sobre CBD faz tempo, pois sempre acompanhei as informações que vinham lá de fora, principalmente, dos esportes de luta que eu acompanhava – e eu percebia que vários lutadores faziam uso do canabidiol e colhiam os benefícios disso.
Eu não identifiquei de primeira que essa era uma alternativa para mim, achei que não chegaria por aqui no Brasil tão cedo.
Quando o Tallison, que é meu companheiro de treino há muitos anos e conheço bem a rotina, me indicou o uso de CBD, eu já vinha acompanhando os benefícios que ele vinha colhendo. Por me conhecer bem e saber que sou ansioso, me incentivava a procurar esta ajuda, que poderia me ajudar sobretudo fora das piscinas, em questões psicológica, de insegurança.
Com o tempo, precisei começar um tratamento mais pesado com remédios convencionais e minha própria médica recomendou o uso do CBD simultâneo. Logo no início, eu já senti uma diferença, pois estava passando por uma fase de extrema ansiedade e, desde a primeira vez que tomei, foi quase que uma “dormência” da condição de ansioso.
Até estranhei, porque não costumo sentir efeitos de medicação e achei tudo muito rápido, mas no decorrer dos treinos o que percebi foi que o que me incomodava na rotina de treinamentos não era algo tão pesado. Sigo tendo oscilações, em menores quantidades e intensidades, mas me sinto aliviado, tenho treinador melhor, tenho mais pensamentos positivos e isso me permite não chegar no fundo do poço, eu consigo ter controle.
Então, considerando minha experiência de atleta que carrega uma série de pressões, cobranças e cargas emocionais, o CBD me deixou muito mais concentrado e menos disperso no tempo, fazendo com que sempre eu dê meu melhor – e sempre que tive estes sentimentos obtive meus melhores resultados no esporte.
E embora as coisas ainda sejam antiquadas e atravessem um processo parecido com o esporte paralímpico, que passou por toda uma aceitação popular e aos poucos conheceram nossas histórias, eu também acredito que em breve as pessoas vão aprender a diferenciar as coisas e passarão a ver o CBD não como uma coisa negativa e baseada em opinião preconceituosa, mas sim compreendida com fatos reais e resultados concretos como os que eu tenho, porque está me ajudando muito.
Hoje já existe suporte suficiente para ter o óleo com facilidade, acompanhamento e tem sido muito mais fácil que imaginei realizar o tratamento. E até por não estar sozinho nessa, quando a WADA liberou o CBD nas competições foi uma porta enorme que se abriu para gente, porque assim podemos mostrar que é bobeira abrir mão de algo que nos faz bem, que é realidade e que nos ajuda a equilibrar a vida num geral, não só esportivamente.
Susana Schnarndorf – Atleta da natação paralímpica brasileira
“Meu primeiro contato com canabidiol foi pela internet. Como tenho uma doença degenerativa (AMS – Atrofia de Múltiplos Sistemas), eu ficava pesquisando tratamentos que não fossem os com remédios convencionais, que não proporcionavam a qualidade de vida que eu queria.
Em 2014, então, fui convidada para participar de pesquisas com CBD em baixas dosagens, em comprimidos, que mesmo assim já me faziam sentir melhorias.
Quando as coisas começaram a mudar no Brasil e eu tive contato com o óleo de CBD em si, com as concentrações que eu realmente precisava, eu achei sensacional porque senti muita diferença e, mesmo que minha doença não tenha melhorado, eu sinto que ele progride bem mais devagar, me dando um conforto geral em que durmo melhor, como melhor, me recupero melhor e não tenho mais ataques de ansiedade ou insônia.
Antes dormia no máximo duas horas, acordava irritava, não perdia peso – e o CBD quebrou esse ciclo de coisas negativas no meu organismo, interrompendo a bola de neve que estava virando as crises de depressão e suas consequências.
O fato é que o canabidiol fez muito mais do que 100% de diferença na minha vida – eu divido ela entre antes e depois do CBD. E se para mim e outros atletas de alto rendimento já virou essencial após a liberação da WADA, nós somos provas e exemplos de que o óleo pode ajudar muitas pessoas mais.”
Os três atletas entram em cena nas paralimpíadas nesta quarta-feira:
- Susana: 21h08 – Eliminatórias 100m livre
- Talisson: 21h32 – Eliminatórias 200m medley e revezamento 4 x 50 livre
- Roberto: 21h37 – Eliminatórias 200m medley