40% dos casos de demência são causados por alguns hábitos

Pesquisa da Universidade de Oxford identifica fatores de risco modificáveis que podem prevenir milhares de casos de demência

29/10/2023 13:00 / Atualizado em 06/11/2023 13:18

Estes comportamentos podem apresentar sintomas de demência
Estes comportamentos podem apresentar sintomas de demência - boonstudio/istock

Uma pesquisa inovadora realizada pelo grupo Modifying Dementia Risk, vinculado ao Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, identificou doze fatores de risco preponderantes para o desenvolvimento de demência. Surpreendentemente, metade desses fatores está ligada a hábitos e estilo de vida evitáveis, oferecendo uma janela de oportunidade significativa para a prevenção da demência.

De acordo com o estudo, a redução em apenas 15% na prevalência desses fatores poderia ter evitado “dezenas de milhares de casos” de demência. Por exemplo, uma diminuição de 15% na prevalência de obesidade poderia ter correspondido a uma redução de aproximadamente 182.100 casos em 2020, destacando a importância crítica da saúde e dos esforços preventivos.

Priorizando a saúde para prevenir demência

Os pesquisadores enfatizaram a necessidade de políticas públicas focadas em estratégias preventivas, especialmente na meia-idade. A redução da prevalência de obesidade, hipertensão e o estímulo à atividade física foram identificados como alvos essenciais. Estes três fatores de risco estão significativamente associados à maior parte dos casos de demência nos Estados Unidos, indicando áreas específicas onde as intervenções podem ter um impacto profundo.

O método de estudo e os hábitos associados à demência

A pesquisa utilizou riscos relativos e estimativas de prevalência estabelecidas pelo relatório da comissão Lancet, proporcionando uma base sólida para suas conclusões. Os hábitos identificados como fatores de risco para a demência incluem baixa escolaridade, perda de audição, traumatismo cranioencefálico, hipertensão, consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabetes e exposição à poluição do ar.