A indústria e comércio costumam fazer substituições na hora de preparar alimentos visando diminuir os custos de fabricação.
Mas, muitas vezes, os consumidores não estão atentos a isso ou mesmo encontram essas informações indicadas claramente nas embalagens.
É importante checar os rótulos dos alimentos, que devem conter a informação nutricional e de ingredientes correta, pois vender um produto como se fosse outro é ilegal e pode dar até um ano de detenção e multa de 3 milhões de reais, segundo aponta matéria do Minha Vida.
O site, parceiro do Catraca Livre, listou 7 substituições comuns no mercado que costumam passar despercebidas pelos consumidores:
Chocolate X Bombom: o doce só pode ser considerado chocolate ao leite quando é composto por, pelo menos, 25% de cacau. "Quando o alimento não atinge esta porcentagem ele é considerado um bombom", explica a nutricionista Antônia Maria de Aquino, gerente de produtos especiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O cacau, segundo Cautinho, "protege o coração, reduz os níveis de pressão arterial, previne diabetes, melhora o humor e as defesas do organismo". Mas, produtos feitos com baixas concentrações do fruto não proporcionam estes benefícios e costumam ser ricos em gorduras e açúcar.
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Alimentos com farinha integral X Farinha refinada: não há regulamentação sobre a quantidade mínima de farinha integral que um alimento deve conter para ser considerado desta categoria. "O que existe hoje é que os alimentos podem ser denominados integrais com uma porcentagem mínima de farinha integral ou fibra de trigo. No momento em que formos rever esta resolução vamos avaliar essa questão e estabelecer uma porcentagem mínima", conta a nutricionista Antônia Maria de Aquino, gerente de produtos especiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
É comum usar farinha refinada mesmo na fabricação desses produtos, pois se forem preparados apenas com a farinha integral costumam ficar muito duros. O problema é quando há grandes concentrações da versão refinada.
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Cereja natural X Cereja de chuchu: algumas marcas de cereja em calda ou mesmo confeitarias, substituem a fruta por uma imitação feita com bolinhas de chuchu embebidas em groselha para baratear os custos.
A fruta natural é rica em antocianinas, que possuem ação antioxidante, e em fibras. “A substituição pelo chuchu não é interessante para a saúde devido à quantidade de açúcar e corantes que leva em sua preparação", explica a nutricionista clínica Keli Coutinho ao Minha Vida.
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Iogurte grego original X Versão com espessantes: o produto original passa por processos de filtração que o deixam com maior quantidade de proteína e pouca gordura. Porém, as versões industrializadas costumam adicionar espessantes para deixar o alimento mais cremoso. "O problema são as opções que além dos espessantes, tem muito açúcar, creme de leite e leite integral, estes dois últimos tornam o produto rico em gorduras saturadas, que são prejudiciais à saúde", conta a nutricionista clínica Keli Coutinho.
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Kani Kama feito siri X feito de peixe: a maioria dos Kani kamas não são feitos com a carne do siri, mas sim com peixe processado e aromatizante e corantes para mudar o sabor e aspecto.
"O produto contém vários aditivos, entre eles corante cochinilha, açúcar e/ou adoçante, sal, polifosfato de sódio e glutamato monossódico, que segundo a Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, quando ingerido em altas doses pode causar problemas como: fraqueza, perda de sensibilidade, formigamento, sonolência, pressão facial ou sensação de sufocamento, dor no peito ou dificuldade respiratória, cefaleia, náusea e palpitação cardíaca", alerta Coutinho.
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Suco X Néctar X Refresco: o suco que consumimos pode ser néctar ou refresco. Enquanto o néctar tem no mínimo 30% de polpa ou suco de fruta, o refresco contém entre 0,02% a 30% de polpa ou suco de fruta.
Só é considerado suco quando a bebida tem pelo menos metade da sua composição de frutas.
Os “sucos” em pó, normalmente são os refrescos e os de caixinha costumam ser o néctar. Segundo Coutinho, essas versões devem ser evitadas, pois: "Geralmente, além de não conter suco de fruta suficiente para ser considerado tal, estas bebidas ainda são ricas em açúcar, corantes, conservantes e em sódio".
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Pipoca na manteiga X Pipoca no óleo de soja:
apesar do cheirinho de manteiga, muitas pipocas são feitas com óleo de soja aromatizado.
Nesse caso a troca é positiva. "A pipoca feita com óleo de soja tem 55 calorias em uma xícara, enquanto a estourada com manteiga conta com 100 calorias na mesma quantidade. O óleo ainda é livre de colesterol e de gorduras trans e possui as gorduras saudáveis, monoinsaturadas e poli-insaturadas, e vitamina E", conta Novais.
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