7 hábitos comuns que prejudicam a saúde física e emocional
Por que hábitos aparentemente inofensivos podem encurtar a vida
Viver mais e melhor não depende apenas de fatores genéticos. O modo como cada pessoa organiza a rotina, lida com o estresse e cuida do corpo influencia diretamente o tempo e a qualidade de vida, já que há comportamentos aparentemente inofensivos, como rolar a tela do celular sem parar ou negligenciar a higiene bucal, que a longo prazo aumentam o risco de doenças físicas e transtornos emocionais. Além disso, escolhas diárias ligadas ao sono, alimentação e uso de álcool e cigarro podem potencializar esses efeitos negativos.

Quais hábitos que encurtam a vida merecem mais atenção?
Quando o assunto é saúde e tempo de vida, a expressão hábitos que encurtam a vida aparece com frequência em pesquisas e reportagens. Ela se relaciona a atitudes repetidas, muitas vezes automáticas, que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, transtornos de ansiedade, depressão, diabetes e dificuldades de sono.
Entre os hábitos prejudiciais mais citados estão a autocrítica constante, o consumo exagerado de notícias negativas, a preocupação excessiva, o isolamento social, a falta de cuidado com dentes e gengivas e a respiração pela boca. Somam-se a eles o sedentarismo, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a privação de sono, que elevam o risco de hipertensão, obesidade, câncer e problemas de memória.
Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para substituí-los por práticas mais saudáveis e alinhadas ao bem-estar. Ajustes simples, como limitar o tempo de tela, incluir pequenas pausas ativas durante o dia e organizar horários fixos para dormir e acordar, já geram impacto positivo na longevidade.
Quais hábitos mentais podem encurtar a vida?
No campo emocional, dois comportamentos chamam atenção: o diálogo interno negativo e o chamado doom-scrolling, quando a pessoa passa longos períodos consumindo conteúdos pessimistas nas redes ou em sites de notícias. A autocrítica pesada reforça crenças de incapacidade e desvalia, favorecendo quadros de ansiedade, humor deprimido e sensação de esgotamento constante.
Outro ponto é a preocupação constante com situações que fogem do controle imediato, como questões financeiras, desempenho profissional ou conflitos familiares. Esse foco permanente em ameaças mantém o corpo em estado de alerta, elevando níveis de cortisol, alterando pressão arterial e prejudicando o sono.
Em vez de se prender ao erro, especialistas recomendam observar pensamentos, reduzir o consumo de notícias estressantes e adotar uma postura de autocompaixão, com metas pequenas e concretas para mudar o que é possível. Técnicas como respiração profunda, meditação guiada, terapia cognitivo-comportamental e a escrita de um diário de gratidão ajudam a reorganizar o diálogo interno e reduzir o impacto do estresse crônico.

Como o isolamento social e hábitos físicos impactam a saúde?
A redução do contato social está associada à diminuição da qualidade e da expectativa de vida. Longos períodos com pouca interação favorecem o sentimento de solidão, mesmo quando há familiares ou colegas por perto, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, declínio cognitivo, sintomas depressivos e mortalidade precoce.
Mais importante que a quantidade de contatos é a qualidade dos relacionamentos. Para quem encontra dificuldade em socializar, estratégias graduais podem ajudar a criar vínculos significativos em ambientes estruturados e com interesses em comum, como cursos e atividades em grupo.
- Inscrever-se em uma aula coletiva (dança, idiomas, artes, esportes).
- Participar de projetos de voluntariado em instituições locais.
- Frequentar grupos de leitura, clubes de caminhada ou encontros culturais.
No corpo, a combinação de sedentarismo, má alimentação e sono irregular reforça a ação de outros hábitos que encurtam a vida. Manter pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, priorizar alimentos in natura e evitar longos períodos sentado são medidas simples que protegem coração, metabolismo e cérebro.
Confira um vídeo no canal do Youtube Mamilos Podcast sobre Saúde social:
Como cuidar da respiração, da boca e quebrar hábitos nocivos?
Algumas práticas ligadas ao corpo também se enquadram entre os hábitos que encurtam a vida, embora muitas pessoas não façam essa associação. Pular o uso do fio dental favorece o acúmulo de placa bacteriana e aumenta o risco de gengivite e periodontite, processos inflamatórios ligados a doenças cardíacas, pior controle do diabetes e até infecções respiratórias.
A respiração predominante pela boca reduz a filtragem e umidificação do ar, além de diminuir a produção de óxido nítrico nasal, substância importante para a circulação e a inflamação. Esse padrão pode agravar congestões nasais, prejudicar o sono e estar associado a pressão alta, refluxo e distúrbios respiratórios, como a apneia obstrutiva do sono.
- Incluir o fio dental na rotina diária, especialmente à noite.
- Buscar avaliação odontológica regular para identificar sinais iniciais de inflamação gengival.
- Observar se há predomínio de respiração pela boca, principalmente ao dormir.
- Procurar orientação médica ou de otorrinolaringologia em casos de obstrução nasal frequente.
- Utilizar recursos auxiliares, como tiras nasais, quando indicados por profissionais de saúde.
Mudar comportamentos enraizados costuma exigir tempo e atenção, e uma estratégia bastante recomendada é o monitoramento dos hábitos. Registrar horários, gatilhos e emoções associados a ações como checar o celular de madrugada, evitar encontros sociais ou deixar de escovar e usar fio dental ajuda a tornar visíveis padrões que antes passavam despercebidos.
Com metas pequenas, específicas e graduais, aliadas a apoio profissional quando necessário, a rotina tende a se alinhar melhor à saúde física e emocional, reduzindo o peso de hábitos que encurtam a vida e abrindo espaço para uma trajetória mais longa, ativa e equilibrada.