Esquecimento, confusão mental e desorientação podem ser sintomas de Alzheimer, mas há uma doença no fígado que também pode provocar os mesmos sinais. 

A encefalopatia hepática é uma complicação neurológica grave causada pelo mau funcionamento do fígado, que falha em remover as toxinas do sangue, especialmente a amônia. 

Acontece que essa condição pode afetar o cérebro, resultando em uma ampla gama de sintomas neurológicos e cognitivos.

A encefalopatia hepática é uma complicação comum de doenças hepáticas, especialmente a cirrose, e pode variar de leve confusão mental até coma.

Outras causas da encefalopatia hepática incluem infecções, sangramento no trato gastrointestinal, uso de certos medicamentos e alterações nos níveis de eletrólitos, como potássio e sódio, e hepatite.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, a encefalopatia hepática é um distúrbio metabólico, portanto potencialmente reversível.

Sintomas da encefalopatia hepática

• Confusão mental e dificuldade de concentração: um dos primeiros sinais que indicam alterações cognitivas.
• Alterações de humor e comportamento: irritabilidade, ansiedade e mudanças bruscas no comportamento são comuns.
• Letargia e sonolência excessiva: a pessoa pode se sentir cansada e com dificuldades para ficar acordada.
• Dificuldade na coordenação motora: tremores, dificuldades para caminhar e alterações na escrita são sintomas frequentes.
• Fala arrastada e dificuldade de comunicação: o comprometimento neurológico afeta a clareza da fala.
• Hálito doce ou com odor de mofo: conhecido como “fetor hepático”, é característico de doenças hepáticas.
• Coma: em casos avançados, pode levar a perda de consciência total, sendo uma emergência médica.

Diagnóstico

O diagnóstico da encefalopatia hepática envolve uma avaliação clínica detalhada, exames de sangue para medir os níveis de amônia, testes de função hepática e, em alguns casos, exames de imagem para avaliar o cérebro. O histórico de doenças hepáticas é um fator chave para identificar a condição.

Tratamento

De acordo com o site de saúde do Hospital Albert Einstein, o tratamento envolve principalmente eliminar o fator desencadeante, como o controle de infecções e do sangramento do trato gastrointestinal.

O tratamento pode incluir um laxante específico com o objetivo de remover substâncias tóxicas do intestino e antibiótico para controlar os sintomas.  

 Em alguns casos, o transplante hepático pode ser necessário para pacientes com doença hepática crônica.