A dor que virou alerta para jovem que descobriu câncer colorretal aos 37

Mulher usa TikTok para relatar jornada contra o câncer colorretal em estágio 4

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
21/06/2025 20:00

Ela enfrentou o câncer colorretal e hoje ajuda outros com sua história.
Ela enfrentou o câncer colorretal e hoje ajuda outros com sua história. - Tharakorn/istock

Durante anos, Elizabeth Wachsberg, hoje com 38 anos, conviveu com dores abdominais que eram frequentemente desconsideradas como algo grave. Desde a infância, esses desconfortos eram atribuídos a problemas alimentares e, mais tarde, foram diagnosticados erroneamente como síndrome do intestino irritável (SII). Só após uma longa jornada por diferentes especialistas, e diante da piora dos sintomas, ela recebeu o diagnóstico correto: câncer colorretal em estágio 4.

Mesmo com a persistência das dores, exames mais aprofundados, como a colonoscopia, foram dificultados por questões burocráticas. O plano de saúde de Elizabeth não cobria o procedimento porque ela ainda não havia atingido os 45 anos, idade padrão recomendada para início do rastreamento de câncer colorretal. O agravamento dos sintomas — incluindo dores intensas e presença de sangue nas fezes — a levou a insistir por novos exames.

Caso mostra por que o rastreamento precoce do câncer colorretal é essencial.
Caso mostra por que o rastreamento precoce do câncer colorretal é essencial. - Mohammed Haneefa Nizamudeen/istock

Exames revelam a gravidade do câncer colorretal

Somente em março de 2019, após realizar uma colonoscopia e uma tomografia, Elizabeth finalmente teve um diagnóstico claro: câncer colorretal com metástases no fígado, classificando a doença como estágio 4. O tratamento foi iniciado rapidamente com quimioterapia e cirurgias para remoção dos tumores no cólon e no fígado.

Em julho do mesmo ano, o resultado foi positivo: remissão completa da doença. Desde então, Elizabeth decidiu transformar sua história em um instrumento de apoio e conscientização.

TikTok como ferramenta de acolhimento e alerta

Através do TikTok, Elizabeth passou a compartilhar sua experiência com o câncer colorretal, conectando-se com outras pessoas que enfrentam a mesma batalha. Ela também se tornou uma voz ativa na defesa do diagnóstico precoce, destacando a importância de colonoscopias em pessoas mais jovens que os 45 anos, especialmente diante de sintomas persistentes.

Sua história serve de alerta sobre a necessidade de ouvir o próprio corpo e questionar diagnósticos que não oferecem soluções reais. Em tempos de redes sociais, o TikTok se mostrou mais do que uma plataforma de entretenimento: tornou-se um canal de empatia e informação sobre o câncer colorretal.

 

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