Ácido hialurônico e câncer: entenda a relação descoberta em estudo
Sociedade Brasileira de Dermatologia faz algumas recomendações a médicos que atendem pacientes com histórico ou suspeita da doença
O ácido hialurônico, aquele usado para fazer preenchimento nos procedimento de harmonização facial e também utilizado em hidratantes antessinais, foi recentemente relacionado a câncer em um estudo publicado na revista científica eLife.
A hipótese é que o produto seria um combustível celular do câncer de pâncreas.
Apesar da notícia, a Sociedade Brasileira de Dermatologia explicou em nota técnica que os resultados apontados no artigo “não permitem nenhuma conclusão sobre risco de desencadeamento do adenocarcinoma pancreático ductal pelo uso do preenchimento com AH (ácido hialurônico)”.
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Em outras palavras, o estudo não afirma que o fato de passar ou injetar o ácido hialurônico na pele cause câncer de pâncreas.
Porém, a SBD recomendou aos médicos não prescreverem o produto oral, como forma e suplemento, para pacientes com histórico atual ou pregresso de câncer, nem realizarem tratamentos com AH oral ou injetável em pacientes com suspeita ou diagnóstico firmado de câncer de pâncreas.
Estudo em fase inicial
O estudo foi realizado em animais (camundongos) e células cultivadas em laboratório. Ou seja, ainda está na fase pré-clínica, etapa inicial da investigação.
O que os pesquisadores observaram até aqui foi que as células de câncer no pâncreas se alimentavam do ácido hialurônico. Mas vale ressaltar que essa substância já é produzida naturalmente pelo organismo.
Em estudo anterior, também foi descoberto que o colágeno serve de alimento para células cancerígenas.