Adesivo para tratar Alzheimer é oferecido pelo SUS

A redução dos efeitos colaterais é uma das vantagens do tratamento

Unidades de saúde já estão distribuindo o adesivo
Créditos: divulgação
Unidades de saúde já estão distribuindo o adesivo

Já está disponível pelo SUS o adesivo para tratar Alzheimer. Feito de rivastigmina, um medicamento que já era encontrado em cápsulas e solução oral, o adesivo transdérmico libera o medicamento ao longo do dia, com a vantagem de causar menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos.

A rivastigmina tem a função de inibir a degradação da acetilcolina, um neurotransmissor relacionado à memória. Além da melhora da cognição, há também ação sobre os sintomas comportamentais e alterações funcionais da doença.

O dispositivo pode ficar no corpo por até 24 horas e, inclusive, ser usado no banho. Por se tratar de um adesivo, o ideal é que o local de aplicação seja diferente para que não cause nenhuma irritação na pele.

De acordo com o Ministério da Saúde, o adesivo já está disponível nas unidades de saúde que são responsáveis por distribuir este tipo de remédio. Para ter acesso, o paciente deve apresentar os seguintes documentos:

  • Cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);
  • Cópia de documento de identidade, cabendo ao responsável pelo recebimento da solicitação atestar a autenticidade de acordo com o documento original de identificação;
  • Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido;
  • Prescrição médica devidamente preenchida;
  • Documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado;
  • Cópia do comprovante de residência.

Sobre o Alzheimer

Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratado
Créditos: solidcolours/istock
Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratado

O Alzheimer é a doença neurodegenerativa que na maioria das vezes apresenta os primeiros sintomas depois dos 60 anos. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como conseqüência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

Sintomas:

  • falta de memória para acontecimentos recentes;
  • repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
  • irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.