Beber água na garrafa de plástico aumenta a pressão? Veja o que diz a ciência
A hipertensão é um dos grandes vilões das doenças cardiovasculares, responsáveis por milhões de mortes ao redor do mundo
Eles estão em todo lugar. O plástico, companheiro fiel do cotidiano, nos ajuda a carregar compras, guardar alimentos e até saciar nossa sede com garrafas de água. Mas será que essa relação tão íntima está nos cobrando um preço alto?
Um estudo inovador realizado pela equipe do Departamento de Medicina da Universidade Privada do Danúbio, na Áustria, aponta para uma conexão inesperada entre um hábito aparentemente inofensivo — beber água em garrafas plásticas — e a pressão arterial elevada.
Publicada na revista Microplastics, a pesquisa revelou que esse costume pode, literalmente, nos pressionar de maneira perigosa.
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A ameaça dos microplásticos
Por trás das garrafas plásticas, há mais do que água: há microplásticos. Essas partículas minúsculas, invisíveis a olho nu, podem se desprender do recipiente e invadir nosso corpo, encontrando caminho até a corrente sanguínea. E o impacto não é pequeno. Os cientistas observaram que essa invasão pode levar ao aumento da pressão arterial, colocando em risco nosso coração.
Mas o problema não para por aí. Para surpresa dos pesquisadores, os microplásticos também foram detectados em garrafas de vidro.
Isso significa que, independentemente do material, essas partículas estão por toda parte. No entanto, há uma boa notícia: os participantes que trocaram as garrafas por água diretamente da torneira apresentaram uma redução nos níveis de pressão arterial.
Um risco silencioso e global
A hipertensão é um dos grandes vilões das doenças cardiovasculares, responsáveis por milhões de mortes ao redor do mundo. Embora os microplásticos não sejam os culpados diretos, suas implicações indiretas acendem um alerta. Afinal, partículas plásticas em nosso corpo podem ser mais do que apenas visitantes indesejados; elas podem estar silenciosamente influenciando nossa saúde.
O que são microplásticos, afinal?
Microplásticos são fragmentos de plástico menores que 5 mm, derivados da degradação de objetos maiores ou do desgaste de materiais como pneus e tecidos sintéticos. Eles estão no ar que respiramos, na água que bebemos e nos alimentos que consumimos. Em resumo, evitá-los é praticamente impossível.
Os cientistas descobriram que essas partículas já se infiltraram em nosso sangue, órgãos e até mesmo em placentas humanas, levantando questionamentos urgentes sobre os efeitos a longo prazo.
Impactos na saúde: o que sabemos até agora
Embora a ciência ainda esteja desvendando o impacto total dos microplásticos na saúde humana, os primeiros sinais são preocupantes:
- Inflamações: essas partículas podem irritar células e tecidos, provocando reações inflamatórias que estão na raiz de várias doenças crônicas.
- Desregulação hormonal: compostos presentes em plásticos, como o BPA, podem imitar hormônios naturais, perturbando o equilíbrio do sistema endócrino. Isso pode afetar desde o metabolismo até a fertilidade.
- Outros riscos potenciais: a presença de microplásticos em locais sensíveis, como a placenta, sugere que os danos podem ser maiores do que imaginamos, especialmente para futuras gerações.
Um convite à reflexão
- O estudo abre caminho para debates importantes: como minimizar nossa exposição a microplásticos e seus riscos? Substituir garrafas plásticas e de vidro pela água da torneira pode ser um começo, mas é evidente que o problema exige soluções mais abrangentes.
Enquanto isso, vale repensar nossa relação com o plástico e olhar com mais atenção para esses pequenos, mas poderosos inimigos invisíveis.
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