Alerta para antidepressivos que podem causar problemas sexuais

Uso de classe do medicamento pode causar dormência genital, perda completa da libido, disfunção erétil e outros problemas de função sexual

O Serviço Nacional de Saúde, do Reino Unido, NHS, alertou para efeitos colaterais de alguns antidepressivos que podem causar problemas sexuais.

Efeitos como perda de libido e dificuldade de orgasmo, menor contagem de espermatozoides e disfunção erétil podem persistir mesmo após interromper o uso da medicação. 

O problema está com os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), a classe mais comum de medicamentos antidepressivos.

Os ISRS comuns incluem citalopram, fluoxetina e sertralina, às vezes conhecidos pelas marcas Cipramil e Prozac – mas seu uso tem sido associado a disfunção sexual de longo prazo e até permanente.

Vale dizer, no entanto, que esses efeitos não acontecem com todas as pessoas. E não se sabe o motivo.

Embora os antidepressivos sejam para milhões de pessoas um medicamento que salva vidas, especialistas apelam para que sejam aplicadas mais advertências aos medicamentos.

Antidepressivos podem causar problemas sexuais
Créditos: V_Elena/DepositPhotos
Antidepressivos podem causar problemas sexuais

Por que os antidepressivos podem causar problemas sexuais?

Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) causam um aumento no nível da serotonina (responsável por transmitir as sensações de prazer e bem-estar) no cérebro.

Só que  acabam tendo como efeito adverso a diminuição do nível da dopamina, o neurotransmissor que está ligado ao desejo e à excitação.

As mulheres, principalmente, se queixam mais desses efeitos, como falta de desejo sexual, queda na lubrificação da vagina e dificuldade para atingir um orgasmo.

No caso dos homens, o retardo na ejaculação é o principal efeito adverso relacionado ao uso de antidepressivos.

Devo interromper o uso de antidepressivo?

Apesar dos possíveis  efeitos colaterais, não é recomendável interromper o uso de antidepressivos sem orientação médica. 

A interrupção abrupta do tratamento pode desencadear novos episódios depressivos, podendo levar a consequências ainda mais graves.