Febre do oropouche: Ministério da Saúde emite alerta sobre riscos para grávidas

Ministério da Saúde alerta sobre riscos de febre do oropouche e recomenda intensificação da vigilância e medidas preventivas; veja sintomas

Os sintomas da febre do oropouche
Créditos: iStock/mycteria
Os sintomas da febre do oropouche

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o risco da febre do oropouche, especialmente para mulheres grávidas.

Segundo a nota, há um risco de transmissão vertical, ou seja, da mãe para o feto. Por isso, o Ministério recomenda que os municípios intensifiquem a vigilância para monitorar os casos da doença.

A febre do oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim. Ao picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. É quando esse mosquito pica outra pessoa saudável e transmite o vírus.

O que levou à emissão do alerta?

A orientação foi emitida após o Instituto Evandro Chagas encontrar anticorpos do vírus em amostras de um caso de aborto e quatro casos de microcefalia.

No entanto, o Ministério afirma que ainda não é possível confirmar uma relação direta entre a infecção e esses casos de malformações neurológicas.

Quais são as recomendações do Ministério da Saúde?

Entre as recomendações, está a intensificação da vigilância nas fases finais da gestação e no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram dengue, zika, chikungunya ou febre do oropouche. Isso inclui a coleta de amostras e o preenchimento da ficha de notificação.

De janeiro a 6 de julho, o Brasil confirmou 7.044 casos de febre do oropouche. O Ministério da Saúde já havia identificado um aumento nos casos em abril deste ano.

A transmissão da doença ocorre atualmente em mais da metade do país, incluindo estados como Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.

Afinal, quais são os sintomas da febre do oropouche?

  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular e articular;
  • Febre alta de início súbito;
  • Tontura;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Calafrios;
  • Fotofobia;
  • Por fim, náuseas e vômitos.

Em alguns casos, os sintomas podem recorrer após uma ou duas semanas. Além disso, a maioria dos pacientes tem uma evolução benigna e sem sequelas. 

Como prevenir a doença?

  • Evitar áreas com muitos insetos (maruins e mosquitos);
  • Usar telas de malha fina em portas e janelas;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas;
  • Recolher folhas e frutos caídos no solo;
  • Seguir as orientações das autoridades de saúde locais em caso de confirmação de casos na região;
  • Por fim, manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.