Entenda o que é febre Oropouche que provoca boom de casos no Amazonas

A doença produz um quadro semelhante ao da dengue, com febre e dores no corpo

A febre Oropouche tem preocupado autoridades do Amazonas depois do registro de pelo menos 1.134 casos em 2024. A doença viral aguda tem como causa o vírus Oropouche (OROV), que pertence à família Bunyaviridae e ao gênero Orthobunyavirus.

O vírus é transmitido principalmente por mosquitos do gênero Culicoides, especialmente o Culicoides paraensis, que é o principal vetor da doença.

A febre Oropouche recebe esse nome devido à sua descoberta inicial em 1955 na região de Oropouche, no estado do Pará, Brasil. Desde então, casos da doença foram relatados em várias regiões da América do Sul e Central, incluindo Brasil, Trinidad e Tobago, Panamá, Peru e outras áreas.

Mosquitos do gênero Culicoides transmitem a febre Oropouche
Créditos: Elena Goosen/istock
Mosquitos do gênero Culicoides transmitem a febre Oropouche

Quais os sintomas da febre Oropouche?

A doença produz um quadro semelhante ao da dengue. Geralmente os sintomas incluem febre repentina, dores no corpo, dor de cabeça, fadiga, dores nas articulações e músculos, além de náuseas e vômitos.

Em alguns casos, a infecção pode progredir para uma forma mais grave, resultando em complicações neurológicas, como meningite viral.

Diagnóstico

O diagnóstico da febre Oropouche se baseia nos sintomas clínicos e em testes laboratoriais, como a detecção de anticorpos específicos no sangue do paciente. Não existe um tratamento específico para a doença, sendo o tratamento sintomático para aliviar os sintomas.

A prevenção da febre Oropouche envolve principalmente o controle de mosquitos, incluindo o uso de repelentes de insetos, mosquiteiros, roupas protetoras e eliminação de criadouros de mosquitos ao redor das residências. Além disso, medidas de vigilância epidemiológica são importantes para monitorar a disseminação da doença e implementar estratégias de controle eficazes.