Alimento responsável por 6 mortes por hora no Brasil
O consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil tem sido uma das principais causas de doenças crônicas e mortes prematuras
No Brasil, o consumo de alimentos ultraprocessados tem gerado preocupações graves em relação à saúde pública. Estudo encomendado pela ACT Promoção da Saúde e divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que esses produtos são responsáveis por aproximadamente 6 mortes por hora no país, um número alarmante que destaca os riscos associados a essas escolhas alimentares.
Os alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, fast foods, biscoitos recheados e congelados, são caracterizados por seu alto teor calórico, baixo valor nutricional e aditivos químicos, como corantes e conservantes.
O consumo excessivo desses produtos está diretamente associado ao aumento de doenças crônicas graves, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, que são as principais causas de morte no Brasil.
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Mortes por consumo de alimentos ultraprocessados
De acordo com a pesquisa, os alimentos ultraprocessados causaram 57 mil mortes no Brasil em 2019, o que equivale a cerca de 156 óbitos por dia ou 6 por hora. Esse cenário é ainda mais preocupante entre populações mais jovens e de baixa renda, que são mais expostas a esses alimentos devido ao seu custo mais baixo e à ampla disponibilidade nos mercados.
Esses produtos, além de serem pouco nutritivos, têm um impacto significativo na saúde, favorecendo inflamações, resistência à insulina e o acúmulo de gordura no fígado, fatores que aumentam o risco de doenças crônicas e até de câncer.
A indústria de alimentos
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) se manifestou contra os dados apresentados no relatório da ACT.
A ABIA argumenta que o estudo se baseia em dados de risco relativo extraídos de pesquisas classificadas como de baixa qualidade, que não consideram a realidade do consumo no Brasil e não foram conduzidas no país.
Além disso, a associação destaca que o documento não foi elaborado pela Fiocruz, mas por um pesquisador contratado pela ACT, uma ONG frequentemente crítica da indústria de alimentos.
A ABIA também questiona a definição de “alimentos ultraprocessados”, uma vez que o relatório inclui mais de 5.700 itens alimentícios, muitos dos quais são produzidos pelas indústrias brasileiras e são amplamente consumidos no país.
A associação afirma que a lista engloba produtos como pão, iogurte e requeijão, alimentos que, segundo ela, não devem ser classificados dessa maneira, pois não têm em comum as características típicas de alimentos ultraprocessados.
Regulamentação rigorosa no Brasil
A ABIA enfatiza que os alimentos produzidos pela indústria brasileira são regulados por rigorosos padrões de qualidade e segurança estabelecidos por órgãos como a Anvisa e o Ministério da Agricultura.
Além disso, o Brasil exporta alimentos para mais de 190 países, cumprindo as normas sanitárias de cada mercado, o que evidencia a confiabilidade da produção local.
A associação também destaca que, embora os alimentos ultraprocessados possam representar riscos à saúde quando consumidos em excesso, a responsabilidade direta por doenças e mortes atribuída a esses produtos é questionável.
A ABIA alerta que as alegações do relatório podem gerar um alarmismo desnecessário e afetar negativamente a imagem da indústria de alimentos no país.
Alimentos ultraprocessados que você consome sem saber
Muitos alimentos que parecem saudáveis na sua dieta podem ser ultraprocessados. Itens como barras de cereal, iogurtes aromatizados, pão de forma, saladas pré-prontas e sucos de caixinha são exemplos de produtos com alta quantidade de aditivos, como conservantes e corantes.
Esses alimentos contribuem para doenças graves, como obesidade e diabetes tipo 2. Fique atento aos rótulos e prefira opções menos processadas para melhorar sua saúde. Saiba mais!