Comer estes dois alimentos regularmente beneficia a saúde do coração, alerta estudo
Estudo reforça a importância de incluir leguminosas na dieta, não apenas pelo seu valor nutricional, mas também pelo potencial preventivo de doenças

Um novo estudo apresentado recentemente em um dos principais congressos de nutrição dos Estados Unidos reforça o papel de alimentos acessíveis e populares como o feijão e o grão-de-bico na promoção da saúde cardiovascular e metabólica, especialmente entre pessoas com pré-diabetes.
A pesquisa, conduzida por cientistas do Instituto de Tecnologia de Illinois, foi divulgada durante o encontro anual da Sociedade Americana de Nutrição, realizado entre os dias 31 de maio e 3 de junho em Orlando, na Flórida.
O trabalho analisou os efeitos do consumo diário de uma xícara desses grãos em 72 adultos com pré-diabetes, durante um período de 12 semanas.
Os resultados foram animadores: o grão-de-bico esteve associado a uma redução significativa nos níveis de colesterol total, enquanto o feijão-preto demonstrou impacto positivo na diminuição de marcadores inflamatórios.
Ambos os efeitos são considerados protetores contra o avanço de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. “Pessoas com pré-diabetes tendem a apresentar alterações no metabolismo lipídico e processos inflamatórios persistentes, fatores que elevam o risco de complicações crônicas”, explicou Morganne Smith, doutoranda responsável pelo estudo, em comunicado.
Como o estudo foi realizado?
Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos, que consumiram feijão-preto, grão-de-bico ou arroz branco (este último servindo como grupo controle).
Amostras de sangue foram coletadas no início, na metade e no fim do experimento, permitindo a avaliação de colesterol, glicemia e inflamação. Os testes de tolerância à glicose também ajudaram a monitorar possíveis variações no controle do açúcar no sangue — que, neste caso, permaneceram estáveis em todos os grupos.
Entre os principais achados, destaca-se a redução no colesterol total entre os que consumiram grão-de-bico: de uma média inicial de 200,4 mg/dL para 185,8 mg/dL ao final do período.
Já os que consumiram feijão-preto apresentaram uma queda nos níveis de interleucina-6, substância associada à inflamação crônica, de 2,57 pg/mL para 1,88 pg/mL. Apesar das melhorias no perfil lipídico e inflamatório, o estudo não encontrou mudanças significativas na glicemia.

Agora, os pesquisadores pretendem avançar para uma nova fase do projeto, voltada a investigar como o consumo dessas leguminosas afeta a composição do microbioma intestinal — área cada vez mais valorizada por seu impacto direto na saúde metabólica e imunológica.
Com base nos resultados, os cientistas reforçam a importância de incluir leguminosas na dieta, não apenas pelo seu valor nutricional, mas também pelo potencial preventivo diante de condições de risco, como o pré-diabetes. A pesquisa acrescenta mais uma camada de evidência ao papel que a alimentação simples e baseada em plantas pode desempenhar na promoção da saúde pública.
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