Alopecia areata é uma condição autoimune que provoca a queda de cabelo em diferentes áreas do corpo, principalmente no couro cabeludo.

A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca os folículos capilares, resultando na interrupção do crescimento capilar.

Os fios começam a cair resultando mais frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos.

Essa condição pode se manifestar de várias formas, desde pequenas áreas de calvície até a perda completa dos pelos do corpo.

O que é alopecia areata?

Alopecia areata é uma doença autoimune, o que significa que o corpo ataca seus próprios tecidos saudáveis por engano.

No caso da alopecia areata, o alvo são os folículos capilares, que são as estruturas responsáveis pelo crescimento do cabelo.

Essa condição pode surgir de repente, e sua progressão é imprevisível.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total.

Quem está sujeito à alopecia areata?

Alopecia areata pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou etnia. No entanto, existem alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a condição.

Pessoas com parentes próximos que sofrem de alopecia areata ou outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 ou artrite reumatoide, estão em maior risco.

Indivíduos que já têm outras condições autoimunes também podem ser mais propensos a desenvolver alopecia areata.

Além disso, embora o estresse não seja a causa direta da alopecia areata, ele pode desencadear ou agravar a condição em pessoas suscetíveis.

Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para a alopecia areata, o que as torna mais vulneráveis à doença.

Características da alopecia areata

• Alopecia areata focal: caracteriza-se por pequenas áreas arredondadas de calvície, geralmente no couro cabeludo. Essas manchas podem ser do tamanho de uma moeda e podem crescer ou permanecer estáveis.
• Alopecia areata totalis: é a perda completa de todo o cabelo do couro cabeludo. Esse tipo de alopecia é mais raro e representa um estágio mais avançado da doença.
• Alopecia areata universalis: refere-se à perda total de pelos em todo o corpo, incluindo sobrancelhas, cílios, barba e até pelos pubianos.
• Alopecia areata difusa: ao contrário das formas anteriores, onde a perda de cabelo é localizada, na alopecia areata difusa, a perda de cabelo é disseminada, o que pode ser confundido com outras formas de alopecia.
• Outros sintomas: além da perda de cabelo, algumas pessoas com alopecia areata podem apresentar alterações nas unhas, como sulcos, depressões ou unhas quebradiças.

Tratamento da alopecia areata

Embora não exista uma cura definitiva para a alopecia areata, existem várias opções de tratamento que podem ajudar a controlar a doença e estimular o crescimento do cabelo:

• Corticosteroides: ssses medicamentos, que podem ser administrados por via tópica, oral ou injetável, são usados para suprimir a resposta imunológica que causa a perda de cabelo.
• Imunoterapia tópica: esse tratamento envolve a aplicação de substâncias químicas no couro cabeludo para desencadear uma reação alérgica leve, que pode redirecionar a resposta imunológica do corpo e promover o crescimento do cabelo.
• Minoxidil: este medicamento, disponível sem receita, pode ser usado para estimular o crescimento do cabelo em áreas afetadas pela alopecia areata.
• Inibidores da Janus Quinase (JAK): essa classe de medicamentos tem mostrado resultados promissores em ensaios clínicos para o tratamento da alopecia areata, bloqueando as vias inflamatórias responsáveis pela doença.
• Terapia de luz UV: a terapia com luz ultravioleta pode ser usada em alguns casos para estimular o crescimento do cabelo.