Sonhos e Alzheimer: estudo revela como seu sono pode prever a doença
Estudo revela que o tempo para entrar no sono REM pode ser um sinal precoce de Alzheimer; entenda as descobertas
Um estudo publicado na Alzheimer’s and Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association sugere que o tempo necessário para entrar no sono REM, fase em que os sonhos acontecem, pode ser um sinal precoce da doença de Alzheimer.
![Pessoas que demoram para entrar no estágio de sonho têm maior probabilidade de Alzheimer, diz estudo | Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional.](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2024/03/harvard-revela-qual-e-a-melhor-hora-para-dormir.jpg)
A pesquisa, que acompanhou 128 pessoas com idade média de 70 anos, mostrou que aqueles que demoravam mais para atingir o sono REM apresentavam maiores níveis de proteínas tóxicas, como amiloide e tau, associadas ao Alzheimer.
O que é o sono REM e por que ele é importante?
O sono REM, ou movimento rápido dos olhos, é uma das fases mais profundas do ciclo do sono, responsável por processar e consolidar memórias, é nela que as pessoas sonham. É possível passar por essa fase quatro ou cinco vezes em uma noite.
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Durante essa fase, o cérebro armazena memórias a longo prazo, especialmente aquelas associadas a emoções. Esse processo é essencial para o aprendizado e a memória. Quando o cérebro não consegue atingir o sono REM adequadamente, esse processo de consolidação é interrompido, o que pode afetar a saúde cognitiva a longo prazo.
Os pesquisadores observaram os padrões de sono de 128 participantes, divididos em grupos com Alzheimer e comprometimento cognitivo leve, uma condição frequentemente associada ao início do Alzheimer.
Aqueles que demoraram mais para atingir o sono REM mostraram níveis mais elevados de amiloide e tau, proteínas que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer. Além disso, esse grupo apresentou uma redução significativa no fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína essencial para a saúde cerebral, cujos níveis diminuem no Alzheimer.
A importância do tempo para alcançar o sono REM
A pesquisa descobriu que os participantes com Alzheimer demoraram significativamente mais para atingir o sono REM, com uma média de 193 minutos após adormecer, em comparação com os 98 minutos do grupo que atingiu o sono REM mais rápido.
Esse atraso no sono REM pode prejudicar a capacidade do cérebro de consolidar memórias e processar informações de forma eficaz, contribuindo para o desenvolvimento da doença.
O que isso significa para a prevenção do Alzheimer?
O estudo sugere que monitorar e melhorar os padrões de sono, especialmente a transição para o sono REM, pode ser uma estratégia importante para reduzir o risco de Alzheimer.
O coautor sênior, o professor Yue Leng, destacou a necessidade de mais pesquisas para entender como os tratamentos que influenciam o sono REM podem ajudar a prevenir ou retardar a progressão da doença.
“Pesquisas futuras devem estudar os efeitos de certos medicamentos que influenciam os padrões de sono, pois eles podem modificar a progressão da doença”, disse.
Além disso, a equipe de pesquisa sugere que pessoas preocupadas com o risco de Alzheimer adotem hábitos de sono saudáveis que facilitem a transição do sono leve para o sono REM, como tratar condições como apneia do sono, evitar o consumo excessivo de álcool e dormir de 7 a 9 horas por dia (saiba mais clicando aqui).