Ansiedade social: sinais silenciosos que podem estar mais perto do que você imagina
A ansiedade social afeta milhões de brasileiros e muitas vezes passa despercebida; saiba como oferecer apoio adequado
A ansiedade social, também conhecida como fobia social, é um transtorno que vai muito além da timidez comum.
Pessoas que vivem com essa condição sentem medo intenso de serem julgadas, rejeitadas ou humilhadas em interações sociais. Esse receio constante pode interferir no cotidiano pessoal, profissional e emocional.

Segundo dados recentes do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, cerca de 13 milhões de brasileiros sofrem com esse tipo de transtorno.
No entanto, nem sempre é fácil identificar quem está passando por isso, já que muitos sinais são sutis ou confundidos com características de personalidade.
Principais sinais de ansiedade social
Reconhecer os indícios é o primeiro passo para ajudar alguém a buscar apoio e tratamento adequado.
-
Evitar situações sociais: a pessoa pode recusar convites com frequência, alegando compromissos ou indisposições, mesmo em eventos simples.
-
Nervosismo evidente: quando se vê obrigada a interagir, ela pode apresentar sintomas físicos como suor excessivo, tremores, dificuldade para falar ou até crises de pânico.
-
Silêncio e retraimento: manter-se calada em reuniões, hesitar ao responder ou evitar expor opiniões pode indicar medo de julgamento.
-
Evitar contato visual: muitas vezes, o desconforto é tanto que a pessoa evita olhar nos olhos dos outros, principalmente de desconhecidos.
-
Preocupação antes de eventos: dias antes de compromissos sociais, é comum demonstrar ansiedade intensa sobre aspectos simples, como o que vestir ou como se comportar.
-
Autocrítica exagerada: depois das interações, a pessoa pode passar horas se analisando negativamente, revivendo falas ou ações com vergonha ou arrependimento.
Como ajudar e quais os caminhos para o tratamento?
O tratamento mais eficaz para ansiedade social costuma ser a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Essa abordagem ajuda o paciente a identificar padrões de pensamento distorcidos, substituindo-os por visões mais equilibradas e saudáveis.
Parte do processo envolve também a exposição gradual a situações temidas, em um ambiente controlado e seguro.
O apoio de amigos e familiares é essencial. Especialistas do National Social Anxiety Center, dos Estados Unidos, destacam que é importante não julgar nem minimizar os sentimentos da pessoa.
Em vez disso, ofereça escuta empática e respeite seus limites. Pressionar alguém a participar de eventos desconfortáveis pode piorar o quadro.
Com empatia, informação e apoio, é possível fazer a diferença na vida de quem convive com a ansiedade social.