Antes de morrer de câncer, pai deixa cartas para 30 aniversários das filhas

Diagnosticado com câncer, Nick Keenan dedicou seus últimos dias de vida a escrever cartas para as filhas gêmeas. O britânico morreu aos 34 anos, em 2020, vítima de um tumor cerebral.

Antes de falecer, o rapaz escreveu textos de aniversário e deixou sua esposa, Victoria, responsável por entregar as cartas para as meninas ao longo de 30 anos.

Câncer de Nick

Em 2015, no condado West Sussex, na Inglaterra, Nick recebeu o diagnóstico de astrocitoma, um tipo de câncer no cérebro que se origina nas células astrocitárias, responsáveis por fornecer suporte aos neurônios.

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O tumor estava grande, então o britânico passou por duas cirurgias de redução, além de radioterapia, quimioterapia oral e o uso de uma série de remédios naturais.

As tentativas, no entanto, não deram resultado. Nove meses antes de sua morte, em março de 2020, ele descobriu que seu tumor cerebral havia se desenvolvido em um glioblastoma, o tipo mais comum de tumor cerebral maligno.

“Descobrimos que seu tumor havia se desenvolvido em um glioblastoma e fomos informados de que ele provavelmente tinha menos de um ano de vida. Eles (os médicos) disseram que era de crescimento lento e provavelmente estava lá desde que ele nasceu“, explicou Victoria.

Na época da descoberta do câncer maligno, suas filhas gêmeas, Rose e Sophia, tinham apenas 9 meses de vida.

“Nick era a rocha de todos e a minha. Ele era incrivelmente forte e trabalhava todos os dias em sua radioterapia e quimioterapia, nas quais me inspirei”, relatou a esposa em entrevista à Daily Mail.

As cartas que o pai deixou

Nick decidiu escrever cartas de aniversário, que estão personalizadas para Rose e Sophia receberem nos próximos 30 anos.

“Ele queria estar com elas em espírito enquanto comemoravam seus aniversários sem ele. Isso dará a elas uma ideia de onde ele estava naquele estágio de sua vida”, comentou Victoria.

Em novembro de 2020, então, quando as meninas tinham 1 ano e 5 meses, Nick morreu. “Acho que a última memória dele era de estar em casa com a família. Ele nunca soube que foi para o hospital e morreu às 4h da manhã. Cheguei em casa às 6h, tomei banho e continuei sendo mamãe para nossas filhas de 17 meses, sabendo que papai não estava mais conosco“, contou.

Recentemente, as gêmeas abriram a carta dedicada aos 4 anos delas, onde Nick disse que elas começariam a estudar em breve e cuidariam uma da outra.

Para ajudar outras pessoas, Victoria agora se dedica em fazer com que o governo reconheça a pesquisa de tumores cerebrais como uma prioridade crítica. Ela está participando de uma campanha com a Brain Tumor Research e colhendo assinaturas de apoiadores.

“Os tumores cerebrais são o maior assassino de câncer de crianças e jovens com menos de 40 anos, mas receberam apenas 1% do gasto nacional em pesquisa do câncer desde que os registros começaram em 2002. Isso é trágico e tem que mudar”, afirmou por fim.