Antidepressivo é capaz de tratar câncer cerebral incurável em ensaio pré-clínico
Pesquisa observa que medicamento antidepressivo era eficaz na supressão do desenvolvimento das células cancerígenas
Um medicamento antidepressivo amplamente disponível e barato pode em breve salvar vidas de um tipo de doença completamente diferente: câncer cerebral.
O crescimento do câncer cerebral mais agressivo e mortal, o glioblastoma, foi efetivamente suprimido em amostras de tecido humano e em camundongos vivos por um modulador de serotonina atualmente usado para tratar depressão grave, o vortioxetina.
O glioblastoma é raro, mas quando ataca, é difícil de derrotar. O tumor normalmente aparece no cérebro ou tronco cerebral, crescendo rápida e agressivamente.
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Atualmente não há cura, o que significa que geralmente é fatal, matando cerca de 95% dos pacientes em cinco anos. O tratamento geralmente envolve radioterapia e quimioterapia, e às vezes cirurgia para tentar remover o máximo do tumor que for seguro.
Detalhes do estudo
A equipe de pesquisadores usou tecido humano cultivado a partir de amostras doadas por pacientes com glioblastoma submetidos a cirurgia de tratamento. A ideia era verificar se algum medicamento existente poderia ser eficaz na supressão do crescimento de células cancerígenas.
A pesquisa, publicada na Nature Medicine, se concentrou principalmente em medicamentos antidepressivos, antipsicóticos e medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson.
No total, eles testaram 132 medicamentos em tecido cultivado de 27 pacientes com glioblastoma, catalogando mais de 2.500 respostas a medicamentos.
E eles descobriram, surpreendentemente, que alguns medicamentos antidepressivos eram eficazes na supressão do desenvolvimento das células cancerígenas, incluindo o modulador de serotonina vortioxetina.
Uma das ações da vortioxetina é ativar cascatas de sinalização, uma série de reações em uma célula iniciada por um estímulo. Essas cascatas suprimem a divisão celular, que é a maneira como os cânceres crescem e se espalham.
Simulações de computador revelaram que a cascata simultânea de células neurais e células cancerígenas era necessária para inibir o câncer, razão pela qual apenas alguns dos antidepressivos eram eficazes — eles não funcionam todos da mesma maneira.
Em camundongos, os resultados também foram promissores. O grupo de animais que recebeu o antidepressivo teve taxas de sobrevivência 20-30% maiores do que as do grupo que recebeu apenas quimioterapia.
gora, o próximo passo é fazer ensaios adicionais em pacientes humanos vivos para saber se a terapia realmente funciona contra glioblastoma.