Anvisa aprova remédio que previne enxaqueca

Estudo aponta que 50% das pessoas que tomaram esse remédio contra enxaqueca apresentaram melhoras

26/03/2019 15:08

Um dos principais pontos positivos da nova droga são os efeitos adversos reduzidos
Um dos principais pontos positivos da nova droga são os efeitos adversos reduzidos - MJ_Prototype/istock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (25) o primeiro remédio específico para prevenir enxaqueca. Ainda não existia nada desenvolvido especificamente para este fim no Brasil. Os medicamentos até então utilizados para controlar as dores eram voltados para outras doenças.

O novo tratamento, que recebeu o nome de Pasurta, será comercializado pela Novartis aqui no Brasil.  Nos Estados Unidos, a droga leva outro nome: Aimovig e foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) em maio do ano passado.

Ainda não há previsão de chegada no Brasil, mas a expectativa é de que preço do tratamento seja elevado. Nos Estados Unidos, o custo anual é de US$ 6,9 mil, cerca de R$ 26 mil.

O remédio ainda não promete a cura, mas, sim, a prevenção das crises de enxaqueca. Estudos mostraram que as pessoas que o utilizaram tiveram uma redução de 50% no números de crises em 4 meses de uso.

A Novartis diz que o medicamento pode ser usado por quem tenha quatro ou mais dias de cefaleia por mês.

Enxaqueca afeta 15% da população brasileira

enxaqueca é considerada uma doença incapacitante
enxaqueca é considerada uma doença incapacitante - dragana991/istock

O anúncio do novo tratamento, embora caro, pode significar o primeiro passo para um alívio para cerca de 31 milhões de brasileiros que convivem com as crises.

A enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica cuja principal característica é a dor de cabeça latejante, em um ou nos dois lados da cabeça.

Quem sofre com a doença também costuma ter sensibilidade à luz, a cheiros, ao barulho, além de sofrer com náuseas e vômitos.

A doença está entre os problemas mais incapacitantes do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela perde apenas para quadriplegia, psicose e demência.

Diagnóstico

Não existem exames específicos capazes de diagnosticar a enxaqueca. O diagnóstico é clínico, por meio da avaliação médica dos sintomas apresentados pelo paciente.