Anvisa decide proibir gordura trans em alimentos a partir de 2023
Esse tipo de gordura está presente nos mais diferentes tipos de alimentos industrializados e está ligado a problemas de saúde
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira,17, novas regras que visam banir o uso das gorduras trans industriais em alimentos a partir de 2023.
A proposta prevê a implantação da norma em três fases. A primeira começa a valer em 18 meses e irá limitar a 2% a quantidade desse tipo de gordura na produção de óleos refinados.
Na segunda fase, o mesmo percentual de limite será imposto aos demais alimentos industrializados e comercializados no varejo e atacado. Essa restrição vai vigorar entre 1º de julho de 2021 e 1º de janeiro de 2023.
- Estudo revela alimento responsável por 6 mortes por hora no Brasil
- Ingrediente encontrado em ultraprocessados aumenta risco de depressão
- 6 frutas secas que ajudam a afastar o diabetes, segundo estudo
- Estes sinais podem indicar doença silenciosa no fígado
Por fim, a última fase prevê a eliminação do ingrediente gordura parcialmente hidrogenada, a principal fonte de gorduras trans industriais nos alimentos, a partir de 1º de janeiro de 2023.
Riscos à saúde
De acordo com a agência, a medida visa proteger a saúde da população, uma vez que o consumo elevado dessas gorduras é nocivo à saúde. Desde 1990, evidências científicas apontam que o consumo desse ingrediente promove um aumento do colesterol ruim (LDL) no organismo e uma redução do colesterol bom (HDL), além de favorecer o surgimento de problemas cardiovasculares, como o entupimento de artérias, podendo aumentar o risco de morte.
As gorduras trans estão presentes em muitos alimentos industrializados, como biscoitos, salgadinhos, sorvete, margarina, bolos, massas instantâneas, sorvetes, chocolates, comida congelada, pipoca de micro-ondas, entre outros.
Com a decisão da Anvisa, o Brasil torna-se o 50º país no mundo a adotar restrições contra os ácidos graxos trans industriais, colaborando com o plano da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tenta eliminar seu consumo em escala global.