Anvisa proíbe este suplemento alimentar bastante consumido por crianças

A Anvisa proibiu o uso do suplemento devido à falta de segurança comprovada em crianças

29/08/2023 10:59

Anvisa acaba de proibir suplemento alimentar
Anvisa acaba de proibir suplemento alimentar - iStock/ronstik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir a fabricação, a comercialização, a distribuição e o uso do suplemento alimentar intitulado “Soninho Perfeito Melatonina Kids”.

A decisão, de 23 de agosto, determina, adicionalmente, o recolhimento imediato do suplemento do mercado.

Por que a Anvisa proibiu o “Soninho Perfeito Melatonina Kids”?

Entre as razões para tal medida está o fato de que o uso da melatonina, principal constituinte do suplemento, não está autorizado em suplementos destinados a crianças e adolescentes.

Segundo a Anvisa, o uso de melatonina nessa faixa etária não está amparado por suficiente segurança comprovada.

O órgão ainda ressaltou que a melatonina também é vetada para gestantes e mulheres lactantes. A substância só tem aprovação em suplementos destinados para adultos acima de 19 anos, na concentração de 0,21 mg por dia, e sem alegações de uso.

A agência também identificou na internet a divulgação irregular do “Soninho Perfeito Melatonina Kids”, com alegações terapêuticas relacionadas a sono, ansiedade, compulsão alimentar, irritabilidade noturna, inflamação, entre outros.

De acordo com a Anvisa, nenhum desses efeitos tem aprovação da agência, caracterizando assim, propaganda irregular.

Quais substâncias estão aprovadas?

A Anvisa disponibiliza na internet o painel “Constituintes Autorizados para Uso em Suplementos Alimentares”. Nele, é possível obter informações sobre o tipo de nutriente, substância bioativa ou enzima aprovada para uso em suplementos alimentares.

A orientação é que todos realizem a consulta. Isso porque, para a Anvisa, não há aprovação de qualquer indicação para sono, humor e concentração em suplementos alimentares à base de melatonina.

Propagandas ou rótulos que tragam esse tipo de alegação estão em desacordo com a legislação sanitária brasileira.