Anvisa proíbe venda de whey protein por conter glúten

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a comercialização e determinou o recolhimento de lotes de dois produtos alimentícios por irregularidades graves que comprometem a segurança do consumidor. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) e afeta o suplemento proteico 100% Full Whey, da marca Fullife Nutrition, e a canela-da-china em pó da empresa Kinino.

Whey protein com glúten não declarado

O suplemento 100% Full Whey, fabricado pela SFS Alimentos Ltda, teve o lote 2408J5 reprovado em testes laboratoriais. A análise identificou a presença de glúten, incluindo traços de trigo, cevada e centeio, ingredientes que não estavam declarados no rótulo. Isso representa um risco à saúde de pessoas com doença celíaca ou intolerância ao glúten, além de caracterizar rotulagem enganosa, prática proibida pela legislação brasileira.

Além disso, a Anvisa apontou que o rótulo do produto trazia alegações nutricionais não permitidas, o que fere normas de publicidade e informação ao consumidor.

Também foram encontrados resultados insatisfatórios nos testes de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicando possível contaminação ou falhas no processo de fabricação.

Canela-da-china adulterada também foi suspensa

Outro produto afetado pela medida foi a canela-da-china em pó, do lote 371LAG2419, vendida pela empresa Kinino. O produto foi identificado com presença de amido, substância não característica da canela verdadeira.

Assim como o whey protein, a canela apresentou resultados insatisfatórios nos testes sanitários, revelando impurezas visíveis a olho nu e ao microscópio.

O que dizem as normas da Anvisa?

A Anvisa exige que todos os ingredientes estejam claramente declarados no rótulo, principalmente os que representam risco para populações vulneráveis, como alérgicos e celíacos. Produtos com matérias estranhas ou composição adulterada violam as boas práticas de fabricação e são considerados impróprios para o consumo.

A suspensão é válida em todo o território nacional, e os estabelecimentos que comercializarem os produtos proibidos estão sujeitos a multas e sanções legais.

Os consumidores que adquiriram os itens devem interromper o uso imediatamente e, se possível, entrar em contato com a marca para devolução.