Após ser chamada de gorda pela filha, mãe dá lição sobre respeito

A espontaneidade das crianças, muitas vezes, pode produzir comportamentos que magoam as pessoas ao redor. Porém, no lugar de reprimir suas atitudes – que na maioria das vezes não passam de reproduções daquilo que veem os adultos dizendo ou fazendo – que tal abrir um diálogo franco e interessado?

Foi o que a escritora Allison Kimmey resolveu fazer quando a filha inesperadamente a chamou de “gorda”. Sua resposta à menina é uma lição sobre educação afetiva e comunicação não violenta.

“‘Gordo’ não é um palavrão em nossa casa”, disse a mãe ao conversar com a filha sobre o suposto xingamento que recebeu.

Apesar de o tom da fala da filha tê-la magoado, Allison escolheu o caminho do diálogo, e publicou o dialogo que teve com a pequena em seu Instagram:

“Eu: ‘O que você disse sobre mim?’

Ela: ‘Eu disse que você é gorda, mamãe, me desculpe‘

Eu: ‘Vamos falar sobre isso. A verdade é que eu não sou gorda. Ninguém É gordo. Não é algo que você possa SER. Mas eu TENHO gordura. Nós TODOS temos gordura. Ela protege nossos músculos e nossos ossos e nos fornece energia para manter nosso corpo funcionando. Você tem gordura?’

Ela: ‘Sim! Eu tenho um pouco aqui na minha barriga’

Eu: ‘É isso aí. Eu também e seu irmão também!’

O irmão dela: ‘Eu não tenho nenhuma gordura, eu sou o mais magro, eu só tenho músculos’

Eu: ‘Na verdade, todos, cada pessoa no mundo tem gordura. Mas cada um de nós tem diferentes quantidades’

O irmão dela: ‘Certo! Eu tenho um pouco para proteger meus grandes músculos! Mas você tem mais do que eu’

Eu: ‘É, isso é verdade. Algumas pessoas têm um monte e outras não têm muita gordura. Mas isso não significa que uma pessoa é melhor do que a outra, você entende?’”

Na conversa, a mãe pontua a importância de os adultos saberem conduzir a percepção dos pequenos sobre o que é uma ofensa e por que não é legal carregar as palavras de intenções ruins e deliberadamente desrespeitosas. Assim, as crianças podem entender desde cedo que a empatia é o melhor caminho para o respeito.

“A cada vez que esses temas surgem, eu preciso escolher como vou lidar com eles. “Gordo” não é uma palavra ruim em nossa casa. Se eu envergonhar minha filha por dizer isso, estarei provando que se trata de um insulto, e vou reforçar o estifma de que ser gordo é um inútil, grosseiro, cômico e indesejável””, disse Allison.

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