AstraZeneca admite erro em testes e coloca em xeque eficácia da vacina de Oxford
Imunizante é a grande aposta do governo Bolsonaro contra a covid-19 por seu baixo custo e de fácil produção em relação às concorrentes.
A farmacêutica britânica AstraZeneca admitiu que houve um erro de dosagem na vacina contra a covid-19 que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford durantes a fase de testes do imunizante.
A revelação sobre o erro na dosagem foi feita na noite de ontem, 25, pelo vice-presidente da AstraZeneca, Menelas Pangalos. Segundo ele, no entanto, o fato é irrelevante para a conclusão dos estudos.
“Não vou fingir que não é um resultado interessante, porque é – mas definitivamente não o entendo e acho que nenhum de nós entende”, disse Pangalos. “Foi surpreendente para nós.”
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O “erro” levantou dúvidas na comunidade cientifica sobre a eficácia do imunizante, que é a grande aposta do governo Jair Bolsonaro contra a covid-19 por seu baixo custo e de fácil produção em relação às concorrentes.
Após descobrir que o esquema de aplicar uma dose completa e depois meia dose foi mais eficaz, a farmacêutica e a Universidade Oxford, então, incluíram esse regime de aplicação de meia dose no estudo e comunicaram a alteração aos órgão reguladores do Reino Unido, dos Estados Unidos e da União Europeia.
No Brasil, os testes com a vacina de Oxfors são realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
No começo da semana, o mercado havia comemorado os resultados a empresa da eficácia vacina, que segundo a empresa, era de até 90% na prevenção do novo coronavírus com meia dose, mas a eficácia desabou para cerca de 62% quando duas doses completas foram dadas em voluntários que participam dos testes do imunizante.