Estudo revela atividade que pode ajudar no controle da asma
Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 426 pessoas com asma moderada a grave
A mais recente pesquisa sobre a asma acaba de vir à tona, trazendo informações valiosas para quem busca alívio nesta condição crônica.
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) identificou que caminhar pelo menos 7.500 passos diariamente pode ajudar no controle da asma moderada ou severa em adultos.
A descoberta sugere uma simples mudança de hábito como potencial estratégia para melhorar a qualidade de vida dos asmáticos.
O estudo foi publicado na prestigiada revista The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice. A pesquisa oferece uma nova perspectiva sobre o papel da atividade física no controle da asma, contrastando com o enfoque habitual que se concentra apenas em reduzir o tempo de sedentarismo.
Como a caminhada influencia o controle da asma?
O professor Celso Ricardo Fernandes de Carvalho, um dos orientadores do estudo, explica que é comum unir um estilo de vida sedentário com períodos de atividade física moderada, como acontece com muitos que trabalham em escritórios mas fazem exercícios algumas vezes na semana.
Os pesquisadores analisaram dados de 426 pessoas das cidades de São Paulo e Londrina com asma moderada a grave.
Segundo os dados analisados, pacientes que seguiram a recomendação de 7.500 passos diários mostraram melhor controle dos sintomas da asma, independentemente de seus níveis de atividade sedentária ou índices de obesidade.
Por que 7.500 passos?
Fabiano Francisco de Lima, pesquisador da FM-USP e autor do estudo, aponta que esse número não acabou sendo escolhido ao acaso.
“Observamos que, quanto mais atividade física a pessoa com asma realiza, melhor é o controle de sua doença”, ressalta Lima.
Essa quantidade de passos é acessível e serve como uma meta tangível para quem busca uma estratégia eficaz sem custo adicional.
Importância de considerar aspectos emocionais no controle da asma
Além dos benefícios físicos, o estudo também sugere que aspectos emocionais, como ansiedade e depressão, podem afetar significativamente o controle da asma.
Os resultados indicam que profissionais de saúde devem prestar atenção nestes sintomas ao planejarem tratamentos, pois eles podem influenciar diretamente a eficácia das intervenções propostas.
Por fim, embora a administração de medicamentos ainda seja necessária, a incorporação de atividades físicas como caminhar diariamente pode ser um complemento efetivo no tratamento da asma. Vale lembrar que antes de iniciar qualquer atividade física, é essencial consultar um médico.