O estado da Bahia confirmou a morte de duas pessoas por botulismo na última semana. Segundo os registros, foram seis casos em três cidades diferentes da região norte, sendo elas Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cícero Dantas.

Conforme a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), dos seis pacientes diagnosticados com a doença, pelo menos quatro ingeriram mortadela de frango no dia anterior ao início dos sintomas. 

O órgão disse que uma investigação está apurando se o alimento realmente tem relação com o surto. A marca da mortadela não foi divulgada.

O que é botulismo?

Botulismo é uma doença rara, não contagiosa e grave causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Essa toxina pode afetar o sistema nervoso, levando à paralisia muscular e, em casos graves, à morte.

Essa substância pode entrar no organismo através da ingestão de alimentos contaminados ou de ferimentos.

Casos na Bahia 

Ainda segundo a Sesab, os casos estavam sendo investigados desde o mês de agosto. 

As duas mortes foram de moradores da cidade Campo Formoso, que registrou quatro casos da doença. Os outros dois casos foram em Senhor do Bonfim e Cícero Dantas.

Esse cenário é considerado um surto de botulismo na Bahia, pois a quantidade de ocorrências foge do padrão. 

São seis casos confirmados neste ano, quatro a mais do que em 2023, que teve dois registros. A última morte por botulismo no estado havia ocorrido em 2007.

Quais são os sintomas do botulismo?

• Fraqueza muscular;
• Visão embaçada ou dupla;
• Dificuldade para falar ou engolir;
• Queda das pálpebras;
• Boca seca;
• Paralisia muscular que começa de cima para baixo;
• Falta de ar, em casos graves.

Esses sintomas podem aparecer de 12 a 36 horas após a exposição à toxina. No botulismo infantil, a constipação é um dos primeiros sinais.

A paralisia pode chegar ao pulmão e levar à insuficiência respiratória, que é a forma mais comum de morte causada por botulismo. Todas as formas da doença podem matar se não tratadas adequadamente. 

Como prevenir o botulismo?

• Evitar o consumo de alimentos enlatados ou conservados com sinais de contaminação, como latas estufadas ou vazando.
• Manter boas práticas de higiene ao preparar e armazenar alimentos.
• Cozinhar alimentos adequadamente, já que o calor pode destruir a toxina botulínica.
• Não oferecer mel a bebês menores de 1 ano, pois pode conter esporos da bactéria.
• Limpar e tratar corretamente ferimentos para evitar infecções.
• Lavar regularmente superfícies e utensílios usados na preparação de alimentos.
• Evitar produtos de origem desconhecida.
• Lavar as mãos com frequência.
• Conservar o alimento na geladeira e sempre reaquecer as sobras.