Sofrendo com inchaço? Pode ser ‘barriga de cortisol’; saiba como evitar

O termo "barriga de cortisol" é uma expressão informal que evidencia a relação entre o estado emocional e os impactos físicos no corpo humano

16/11/2024 13:09

O inchaço abdominal é um problema comum, mas, em alguns casos, pode estar relacionado a um fator menos óbvio: o cortisol.

O que é a chamada “barriga de cortisol”?
O que é a chamada “barriga de cortisol”? - iStock/eternalcreative

Conhecido como o “hormônio do estresse”, o cortisol desempenha um papel essencial no corpo, mas seu excesso pode também contribuir para o acúmulo de gordura na região abdominal, popularmente chamado de “barriga de cortisol”.

O que é o cortisol e qual sua função no corpo?

O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. Ele tem diversas funções importantes, como:

Normalmente, a maior parte do cortisol é liberada logo após acordarmos, com seus níveis diminuindo ao longo do dia.

Embora essencial, o cortisol pode se tornar um problema quando seus níveis permanecem altos por longos períodos, geralmente devido ao estresse crônico.

Por que o cortisol pode aumentar a barriga?

Embora a “barriga de cortisol” não seja um termo técnico, estudos indicam que altos níveis crônicos de cortisol estão associados ao acúmulo de gordura, principalmente em condições de estresse prolongado e considerando fatores como genética, alimentação e estilo de vida.

Isso ocorre porque altos níveis desse hormônio podem aumentar o apetite, levando a um consumo calórico mais elevado. Ele ainda promove a acumulação de gordura na região abdominal tanto em homens quanto em mulheres.

Além disso, níveis elevados de cortisol podem levar a uma maior resistência à insulina, resultando em mais açúcar no sangue e, consequentemente, mais gordura armazenada na barriga.

Sintomas para se atentar

O excesso de cortisol pode gerar outros sinais no corpo, como:

  • Pressão alta;
  • Níveis elevados de açúcar no sangue;
  • Fadiga e fraqueza muscular;
  • Supressão do sistema imunológico, deixando o corpo mais vulnerável a infecções;
  • Dificuldades no sistema digestivo e reprodutivo;
  • Distúrbios do sono;
  • Aumento da ansiedade;
  • Hematomas sem explicação.

Quando os níveis de cortisol permanecem elevados por longos períodos de tempo devido ao estresse crônico, isso pode levar a uma série de problemas de saúde, como aumento do risco de doenças cardíacas, ganho de peso, distúrbios do sono, ansiedade e depressão, entre outros.

Portanto, a compreensão desses sintomas é essencial para detectar e gerenciar os níveis elevados de cortisol, evitando os efeitos adversos.

Vale destacar, no entanto, que esses sintomas podem ter outras causas além do cortisol. Por isso, o diagnóstico deve ser confirmado por exames clínicos.

O cortisol é produzido pelo córtex adrenal, dentro da glândula adrenal, localizada na parte superior dos rins
O cortisol é produzido pelo córtex adrenal, dentro da glândula adrenal, localizada na parte superior dos rins - katerynakon/DepositPhotos

Como evitar a “barriga de cortisol”?

Adotar hábitos saudáveis é essencial para equilibrar os níveis de cortisol e prevenir o acúmulo de gordura abdominal. Confira algumas estratégias:

1. Pratique exercícios físicos

A atividade física não só queima gordura, mas também reduz o estresse, impactando positivamente os níveis de cortisol.

2. Invista no sono

Durma entre 7 e 9 horas por noite, em horários regulares. O sono de qualidade é fundamental para equilibrar hormônios e combater o estresse.

3. Gerencie o estresse

Técnicas como meditação, respiração profunda e yoga são ótimas aliadas no controle do estresse diário.

4. Cuide da alimentação

Priorize alimentos naturais, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Evite os ultraprocessados e ricos em açúcar, que podem piorar a resistência à insulina e favorecer o acúmulo de gordura.

5. Busque apoio psicológico

O acompanhamento de um profissional pode ajudar a lidar melhor com as causas do estresse e a manter o equilíbrio emocional.

6. Reserve tempo para o autocuidado

Reserve tempo para atividades que você goste e que te ajudem a relaxar, como ler, ouvir música, passar tempo com amigos e familiares, ou desfrutar de hobbies.


Ao adotar essas estratégias e fazer mudanças positivas em seu estilo de vida, você pode ajudar a reduzir os níveis de cortisol.

Além disso, lembre-se que qualquer suspeita de disfunção hormonal deve ser avaliada por um médico, especialmente se houver sinais mais graves.